Coreia do Norte desenvolve armas de pulso eletromagnético, diz Sul


SEUL, 04 Nov 2013 (AFP) - A agência de espionagem da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira que a Coreia do Norte está utilizando tecnologia russa para desenvolver armas de pulso eletromagnético que teriam por objetivo paralisar equipamentos eletrônicos militares ao sul da fronteira.

O Serviço de Inteligência Nacional (NIS) declarou em um relatório ao Parlamento que o Norte comprou armamento de pulso eletromagnético (EMP) russo para desenvolver suas próprias versões.

As armas EMP são utilizadas para provocar danos em equipamentos eletrônicos. Em níveis de energia mais elevados, um evento EMP pode provocar danos mais generalizados, atingindo estruturas de aeronaves e outros objetos.

A agência de espionagem também informou que o líder do Norte, Kim Jong-Un, encara os ciberataques como uma arma para todos os fins, juntamente com as armas nucleares e os mísseis, de acordo com os parlamentares informados pelo NIS.

O Norte está tentando invadir smartphones e atrair os sul-coreanos para se tornarem informantes, segundo o documento.

Pyongyang reuniu informações sobre onde a Coreia do Sul armazena substâncias químicas e reservas de petróleo, bem como detalhes sobre metrôs, túneis e redes de trem nas grandes cidades, informou.

A agência de espionagem também declarou que espiões norte-coreanos estavam operando na China e no Japão para distribuir propaganda pró-Pyongyang.

Acredita-se que a Coreia do Norte tenha uma unidade de guerra cibernética de elite composta por 3.000 pessoas.

Um legislador sul-coreano, citando dados do governo, disse no mês passado que o Norte havia realizado milhares de ataques cibernéticos contra o Sul nos últimos anos, causando prejuízos financeiros de cerca de 805 milhões de dólares.

Além de instituições militares, os recentes ciberataques do Norte têm como alvo bancos, agências governamentais, emissoras de TV e sites de meios de comunicação.

A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento em ciberataques e acusou Seul de fabricá-los para atiçar a tensão transfronteiriça.

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