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Desemprego aumentou na França em novembro, com mais 17.800 desempregados

26/12/2013 19h53

PARIS, 26 dez 2013 (AFP) - O desemprego na França subiu no mês de novembro, depois de uma queda em outubro, com mais 17.800 desempregados (+0,5%), batendo 3,29 milhões (um nível recorde), anunciou o Ministério de Trabalho nesta quinta-feira.

Incluindo os desempregados que trabalharam com uma atividade reduzida, a cifra diminui, com 6.900 desempregados a menos (-0,1%), a 4,87 milhões, segundo números publicados nesta quinta-feira pelo Ministério.

Essa última cifra fez o ministro francês do Trabalho, Michel Sapin, declarar que a inversão "começou efetivamente no quarto trimestre", referindo-se à promessa do presidente François Hollande de inverter a curva do desemprego antes do final do ano. O ministro acrescentou que "o mês de dezembro será importante para confirmar" essa mudança.

Em um comunicado da presidência, François Hollande afirmou que "as cifras do desemprego para o mês de novembro (+17.800) atenuam as do mês de outubro (- 20.500), mas não modificam a tendência".

"A inversão da curva do desemprego, com a qual me comprometi, começou efetivamente", completa a nota.

Os novos dados serão divulgados em 27 de janeiro.

Com uma taxa de desemprego de 10% e forte aumento dos empregos em tempo parcial, o panorama social da França continua sendo sombrio.

Em suas últimas previsões, o Instituto Nacional de Estatísticas (Insee) não compartilha do otimismo do governo e prevê que a taxa de desemprego suba levemente em meados de 2014 depois de um período de estabilização.

Os organismos internacionais (OCDE, FMI, Comissão europeia) também consideram que o desemprego continuará aumentando na França em 2014.

Para inverter a curva do desemprego, o governo conta, sobretudo, com os "contratos subsidiados", que se beneficiam de uma redução fiscal. Com eles, será "possível estabilizar o desemprego, ou ter uma leve queda por alguns meses", comentou o economista Marion Cochard, do Observatório Francês de Conjunturas Econômicas (OFCE).

Irregular ao longo de 2013, o crescimento econômico se situou em 0,2% no final do ano, mas os analistas ressaltam que não será possível uma verdadeira retomada até que as empresas voltem a investir.