Idosos sul-coreanos emocionados antes de se reunir com familiares do Norte
SOKCHO, Corea del Sur, 19 Fev 2014 (AFP) - Um grupo de 82 anciãos sul-coreanos se preparava nesta quarta-feira no porto de Sokcho, no leste da Coreia do Sul, para realizar uma emocionante viagem à Coreia do Norte e se reunir com familiares que não veem há décadas.
Os idosos, cuja idade média é de 84 anos, cumpriram a primeira parte desta penosa viagem acompanhados por 58 familiares.
Trata-se da primeira reunião de reencontro de famílias dividas pela Guerra da Coreia (1950-1953) nos últimos três anos.
Um homem de 91 anos chegou a Sokcho, última etapa antes de cruzar a fronteira, de ambulância e outros 14 se deslocam em cadeira de rodas.
Lee Ok-Ran, de 84 anos, explica que perdeu o sono desde que soube que iria voltar a ver suas duas irmãs, perdidas de vista na província de Hwanghae (oeste) há 60 anos.
A televisão sul-coreana a filmou em sua casa quando preparava a mala, na qual colocava cuidadosamente os presentes, medicamentos e doces "Choco Pies", os mais populares da Coreia do Sul.
"Disseram-me que os Choco Pies também eram populares na Coreia do Norte, embora muito caros", disse Lee.
"Ok-Bin, Ok-Hi, estou impaciente para abraçá-las e dançar com vocês", afirma a idosa para a câmera, mencionando o nome de suas irmãs.
Milhares de coreanos foram separados pela guerra e pela divisão da península coreana em dois países diferentes.
Dos 125.000 sul-coreanos que se inscreveram desde 1988 para participar deste programa de reencontro familiar, 57.000 faleceram e muitos dos sobreviventes já não têm forças para realizar a viagem.
As primeiras reuniões foram organizadas em 1985 em um momento de degelo das relações entre as duas Coreias, mas depois foram suspensas durante 15 anos.
Uma cúpula intercoreana histórica no ano 2000 permitiu o reinício das reuniões em intervalos regulares.
Desde aquele ano, 21.700 pessoas puderam se reunir, brevemente, com seus familiares.
Mas o programa foi interrompido novamente depois do bombardeio de uma ilha sul-coreana pela Coreia do Norte.
O que Kim Se-Rin, de 85 anos, mais teme é não reconhecer sua irmã no momento do encontro.
"Tem 81 anos e me pergunto como ela é", afirma Kim à AFP. "Há 64 anos espero isso", suspira o octogenário que fugiu para o sul em 1950.
Em setembro, Kim, escolhido por sorteio informático para efetuar a visita, sofreu uma grande decepção quando no último minuto as autoridades norte-coreanas suspenderam a viagem.
Em Sokcho, na véspera do cruzamento da fronteira, os idosos seguem com a angústia e o temor de que a visita volte a ser cancelada.
A reunião prevista para sábado no monte Kumgang, que contará com a participação de 180 norte-coreanos, pôde ser organizada após intensas negociações.
No domingo está prevista uma segunda reunião com a presença de 88 norte-coreanos e 361 sul-coreanos.
Finalmente, a Coreia do Norte deu sua aprovação para a reunião depois de ter exigido em vão que a Coreia do Sul cancelasse manobras militares conjuntas com os Estados Unidos.
A reunião ocorre dias depois da publicação de um relatório da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte que acusa o governo de crimes contra a humanidade.
No entanto, Kim Se-Rin não pensa em falar do tema com sua irmã, única sobrevivente da família.
"Tenho a intenção de evitar qualquer conversa política", afirma Kim, impaciente por se reencontrar com sua irmã.
Os idosos, cuja idade média é de 84 anos, cumpriram a primeira parte desta penosa viagem acompanhados por 58 familiares.
Trata-se da primeira reunião de reencontro de famílias dividas pela Guerra da Coreia (1950-1953) nos últimos três anos.
Um homem de 91 anos chegou a Sokcho, última etapa antes de cruzar a fronteira, de ambulância e outros 14 se deslocam em cadeira de rodas.
Lee Ok-Ran, de 84 anos, explica que perdeu o sono desde que soube que iria voltar a ver suas duas irmãs, perdidas de vista na província de Hwanghae (oeste) há 60 anos.
A televisão sul-coreana a filmou em sua casa quando preparava a mala, na qual colocava cuidadosamente os presentes, medicamentos e doces "Choco Pies", os mais populares da Coreia do Sul.
"Disseram-me que os Choco Pies também eram populares na Coreia do Norte, embora muito caros", disse Lee.
"Ok-Bin, Ok-Hi, estou impaciente para abraçá-las e dançar com vocês", afirma a idosa para a câmera, mencionando o nome de suas irmãs.
Milhares de coreanos foram separados pela guerra e pela divisão da península coreana em dois países diferentes.
Dos 125.000 sul-coreanos que se inscreveram desde 1988 para participar deste programa de reencontro familiar, 57.000 faleceram e muitos dos sobreviventes já não têm forças para realizar a viagem.
As primeiras reuniões foram organizadas em 1985 em um momento de degelo das relações entre as duas Coreias, mas depois foram suspensas durante 15 anos.
Uma cúpula intercoreana histórica no ano 2000 permitiu o reinício das reuniões em intervalos regulares.
Desde aquele ano, 21.700 pessoas puderam se reunir, brevemente, com seus familiares.
Mas o programa foi interrompido novamente depois do bombardeio de uma ilha sul-coreana pela Coreia do Norte.
O que Kim Se-Rin, de 85 anos, mais teme é não reconhecer sua irmã no momento do encontro.
"Tem 81 anos e me pergunto como ela é", afirma Kim à AFP. "Há 64 anos espero isso", suspira o octogenário que fugiu para o sul em 1950.
Em setembro, Kim, escolhido por sorteio informático para efetuar a visita, sofreu uma grande decepção quando no último minuto as autoridades norte-coreanas suspenderam a viagem.
Em Sokcho, na véspera do cruzamento da fronteira, os idosos seguem com a angústia e o temor de que a visita volte a ser cancelada.
A reunião prevista para sábado no monte Kumgang, que contará com a participação de 180 norte-coreanos, pôde ser organizada após intensas negociações.
No domingo está prevista uma segunda reunião com a presença de 88 norte-coreanos e 361 sul-coreanos.
Finalmente, a Coreia do Norte deu sua aprovação para a reunião depois de ter exigido em vão que a Coreia do Sul cancelasse manobras militares conjuntas com os Estados Unidos.
A reunião ocorre dias depois da publicação de um relatório da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte que acusa o governo de crimes contra a humanidade.
No entanto, Kim Se-Rin não pensa em falar do tema com sua irmã, única sobrevivente da família.
"Tenho a intenção de evitar qualquer conversa política", afirma Kim, impaciente por se reencontrar com sua irmã.
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