Primeiro-ministro ucraniano acusa a Rússia de aumentar a tensão

De Bruxelas

Protestos são reprimidos com violência na Ucrânia
Protestos são reprimidos com violência na Ucrânia

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, acusou nesta quinta-feira (5) a Rússia de aumentar a tensão na Crimeia.

IMPASSE COM A RÚSSIA MOTIVOU REVOLTA NA UCRÂNIA

As manifestações começaram em novembro, depois que o então presidente Viktor Yanukovich anunciou sua decisão de não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia.

Uma ex-república soviética, a Ucrânia está no meio de uma disputa de forças entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia.

Em fevereiro, Yanukovich foi deposto, um governo interino foi empossado e novas eleições foram convocadas.

As atenções agora se viraram para a Crimeia, região autônoma da Ucrânia de maioria alinhada à Rússia e que convocou um referendo sobre sua soberania.

Tropas russas já assumiram controle sobre a região, apesar dos protestos da comunidade internacional ,e há temores de que possam tentar avançar sobre outras partes da Ucrânia.

Kiev quer uma solução política, "então depende da Rússia, se está disposta a resolver este conflito ou se está relutante e deseja aumentar a tensão, como fizeram nas últimas horas", disse Yatseniuk após um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

O chefe de Governo interino afirmou que mais uma vez as Forças Armadas russas bloquearam unidades ucranianas na Crimeia e "continuam provocando confrontos e tensões".

"Perguntamos a Rússia se estão dispostos a preservar a paz e a estabilidade na Europa ou se estão prontos para instigar outra provocação e mais tensões nas relações bilaterais", completou, sem apresentar detalhes sobre a situação na Crimeia.

Schulz afirmou que existem informações sobre ações recentes da Rússia na Crimeia e que, em caso de confirmação, representarão um "verdadeiro perigo".

Após o encontro no Parlamento, Yatseniuk seguiu para o Conselho Europeu, onde foi recebido pelo presidente desta instituição que representa os Estados membros da UE, Herman Van Rompuy, antes de uma reunião extraordinária de chefes de Estado e de Governo dedicada à crise na Ucrânia.

Para Yatseniuk "não se trata apenas de uma crise entre Ucrânia e Rússia, e sim de uma crise na Europa".

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