Três dos seis suspeitos de matar palestino serão liberados

Três dos seis jovens extremistas judeus detidos no último domingo, no âmbito da investigação sobre o assassinato do adolescente palestino Mohamed Abu Khdeir queimado vivo em Jerusalém, serão soltos amanhã, informou a imprensa israelense nesta quarta-feira (9). Na última segunda-feira (7), uma fonte ligada à investigação revelou que os outros três suspeitos admitiram o homicídio.

Segundo a ONG Honenu, que se define como "uma organização israelense sionista legal de ajuda" e que representa os seis jovens detidos, os três que negaram estar envolvidos no crime poderão voltar para casa.

Mohamed Abu Khdeir, de 16 anos, foi sequestrado em 2 de julho na Jerusalém Oriental ocupada e anexada. De acordo com o advogado da família da vítima, seu corpo foi encontrado horas depois, perto de um bosque na parte oeste da cidade, totalmente carbonizado.

Os palestinos acusaram judeus extremistas de tê-lo sequestrado e matado em vingança pelo sequestro e assassinato de três estudantes israelenses na região de Hebron, na Cisjordânia ocupada. O governo de Israel atribuiu o triplo homicídio ao movimento palestino Hamas.

Entenda o conflito entre israelenses e palestinos

Conheça os pontos da negociação entre Israel e palestinos
  • Reprodução/BBC
    Estado palestino
    Os palestinos querem um Estado plenamente soberano e independente na Cisjordânia e na faixa de Gaza, com a capital em Jerusalém Oriental. Israel quer um Estado palestino desmilitarizado, presença militar no Vale da Cisjordânia da Jordânia e manutenção do controle de seu espaço aéreo e das fronteiras exteriores
  • Mohamad Torokman/Reuters
    Fronteiras e assentamentos judeus
    Os palestinos querem que Israel saia dos territórios que ocupou após a Guerra dos Seis Dias (1967) e desmantele por completo os assentamentos judeus que avançam a fronteira, considerados ilegais pela ONU. Qualquer área dada a Israel seria recompensada. Israel descarta voltar às fronteiras anteriores a 1967, mas aceita deixar partes da Cisjordânia se puder anexar os maiores assentamentos.
  • Cindy Wilk/UOL
    Jerusalém
    Israel anexou a área árabe da Jordânia após 1967 e não aceita a dividir Jerusalém por considerar o local o centro político e religioso da população judia. Já os palestinos querem o leste de Jerusalém como capital do futuro Estado da Palestina. O leste de Jerusalém é considerado um dos lugares sagrados do Islã. A comunidade não reconhece a anexação feita por Israel.
  • Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos
    Refugiados
    Há cerca de 5 milhões de refugiados palestinos, a maioria deles descendentes dos 760 mil palestinos que foram expulsos de suas terras na criação do Estado de Israel, em 1948. Os palestinos exigem que Israel reconheça seu "direito ao retorno", o que Israel rejeita por temer a destruição do Estado de Israel pela demografia. Já Israel quer que os palestinos reconheçam seu Estado.
  • Mahfouz Abu / EFE
    Segurança
    Israel teme que um Estado palestino caia nas mãos do grupo extremista Hamas e seja usado para atacar os judeus. Por isso, insiste em manter medidas de segurança no vale do rio Jordão e pedem que o Estado palestino seja amplamente desmilitarizado. Já os palestinos querem que seu Estado tenha o máximo de atributos de um Estado comum.
  • Abbas Momani/AFP
    Água
    Israel controla a maioria das fontes subterrâneas da Cisjordânia. Os palestinos querem uma distribuição mais igualitária do recurso.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos