Topo

Rainha Elizabeth 2ª pede união após referendo na Escócia

19/09/2014 15h22

A rainha Elizabeth 2ª pediu nesta sexta-feira (19) união a seus súditos britânicos depois do referendo separatista que decidiu pela permanência da Escócia no Reino Unido.

"Conhecendo o povo da Escócia como eu, não tenho dúvidas que os escoceses, como as outras pessoas no Reino Unido, são capazes de expressar convicções ferrenhas antes de unir-se com um espírito de respeito e apoio mútuos", afirmou em um comunicado.

A Escócia rejeitou a independência no referendo de quinta-feira (18) e optou por permanecer no Reino Unido após a promessa de concessão de mais poderes ao governo regional, um desfecho recebido com alívio por Londres e pela União Europeia.

No total, 55,3% dos escoceses votaram contra a independência do Reino Unido e 44,7% a favor, segundo a apuração final.


Mais autonomia

A Escócia não será independente, mas terá mais autonomia, de acordo com a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que também concederá novos poderes a Inglaterra, Gales e Irlanda do Norte.

A "devo-max", como é conhecida a transferência de mais poderes, não figurava na quinta-feira como opção na cédula de votação do referendo de independência.

Mas os três principais partidos políticos do Reino Unido fizeram a promessa à Escócia, no caso de vitória do "não" à independência.

Após admitir a derrota, o primeiro-ministro escocês e líder da campanha independentista, Alex Salmond, se apressou a recordar os compromissos assumidos por Cameron, seus aliados liberal-democratas e a oposição trabalhista.

"Os partidos unionistas se comprometeram no final da campanha a dar mais poderes à Escócia. E a Escócia espera que os compromissos sejam cumpridos rapidamente", disse Salmond.

Cameron respondeu pouco depois. "Vamos honrar este compromisso", disse o primeiro-ministro, que prometeu que a política descentralizadora beneficiará também as outras três nações do Reino Unido: Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra.