Delegação de peshmergas chegou em Kobane (ONG)

BEIRUTE, 30 Out 2014 (AFP) - Uma delegação de dez combatentes curdos iraquianos entrou nesta quinta-feira pela primeira vez em Kobane para coordenar a passagem dos reforços que ajudarão a defender esta cidade curdo-síria cercada pelos jihadistas, informou uma ONG.

"Dez peshmergas entraram em Kobane com a missão de coordenar a entrada de seus companheiros de armas que ainda estão esperando na Turquia", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria, devastada por mais de três anos de guerra.

De acordo com a agência de notícias pró-curda Firat, a delegação de peshmergas entrou em Kobane através do posto fronteiriço turco de Mursitpinar, e "se reunirá com os líderes das YPG (Unidades de Proteção do Povo Curdo) para discutir a passagem de armas. Os outros combatentes ainda estão à espera do lado turco da fronteira".

Ao mesmo tempo, a frente norte de Kobane está sendo atacada pelo Estado Islâmico (EI), que tenta atrasar a entrada dos combatentes curdos iraquianos pela fronteira turca nas proximidades, informou nesta quinta-feira o OSDH.

"O EI atacou violentamente durante a noite a zona fronteiriça de Ain Al Arab (nome árabe de Kobane) com morteiros e artilharia pesada, enquanto lançava um ataque a um bairro do norte da cidade, perto da fronteira com a Turquia", informou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Os combatentes das YPG "repeliram o ataque", acrescentou, ressaltando, porém, que os ataques contra a frente norte foram retomados nesta manhã com a mesma intensidade.

Segundo Rahman, o "ataque a esta área na fronteira pretende atrasar a entrada dos peshmergas", que já esperam na Turquia para se juntar à luta antijihadista e, Kobane.

O OSDH evocou "muitos mortos" nas fileiras do EI, sem especificar a quantidade.

Sob pressão dos Estados Unidos, o governo conservador-islâmico turco autorizou na semana passada a passagem pelo seu território de cerca de 150 curdos iraquianos para reforçar as YPG que resistem há mais de um mês em Kobane.

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