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China começa a produzir energia em polêmica hidrelétrica no Tibete

Unidade hidrelétrica gerou polêmica por seu impacto ambiental - Chogo/Xinhua
Unidade hidrelétrica gerou polêmica por seu impacto ambiental Imagem: Chogo/Xinhua

Em Pequim

24/11/2014 06h55

A China começou no domingo (23) a produzir energia elétrica em sua maior represa no Tibete, uma obra polêmica por seu impacto ambiental, que afeta Índia e Bangladesh.

O início das operações da primeira unidade hidrelétrica desta represa construída sobre o rio Yarlung Zangbo, como os chineses chamam o Brahmaputra, foi anunciado pela agência estatal Xinhua.

A obra custou 9,6 bilhões de yuans (R$ 3,94 bilhões) e deve ser concluída em 2015. O local terá capacidade de produção de 510 megawatts.

"Esta central hidrelétrica resolverá os problemas de falta de energia elétrica do Tibete, em particular durante o inverno", afirmou um diretor da empresa de eletricidade tibetana, segundo a Xinhua.

A represa fica a 3.300 metros de altura sobre o curso superior do Brahmaputra, no Tibete, região onde nascem vários dos rios mais importantes da Ásia.

A Índia manifestou preocupação com a obra, já que o Brahmaputra integra no golfo de Bengala e com Bangladesh um dos deltas mais férteis de uma das regiões mais populosas do planeta.

Com suas necessidades energéticas, os países ao pé da cordilheira do Himalaia - em particular China e Índia, duas grandes economias emergentes - realizam importantes projetos de represas hidrelétricas, que provocam tensões com os países vizinhos afetados pelas obras.

O aquecimento global e suas consequências sobre as geleiras do Himalaia aumentam ainda mais a preocupação.