Justiça francesa estudará declarações patrimoniais dos Le Pen (oficial)

Em Beunos Aires

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Paris, 21 dez 2015 (AFP) - A justiça francesa estudará as declarações de patrimônio de 2014 dos deputados europeus de extrema direita Jean-Marie e Marine Le Pen, por suspeitar que podem ter subestimado alguns bens, anunciou nesta segunda-feira um organismo oficial francês.

"Existem sérias dúvidas a respeito da exaustividade, exatidão e sinceridade de suas declarações, devido à subvalorização manifestada de alguns ativos imobiliários" que possuem em comum Jean-Marie Le Pen, fundador do partido francês de extrema direita Frente Nacional, e sua filha, Marine, atual líder do partido, destacou, em um comunicado, a Alta Autoridade para a Transparência da Vida Pública.

Estas infrações são passíveis de punição com 45 mil euros em multas, três anos de prisão e dez anos de inelegibilidade. A sanção seria especialmente dura para Marine Le Pen, a quem todas as pesquisas situam no segundo turno das eleições presidenciais de 2017.

O organismo, que assegurou ter escutado "as observações respectivas" dos dois deputados europeus, informou que também tem dúvidas sobre "a omissão de bens mobiliários por Jean-Marie Le Pen".

Repudia, entre outras coisas, o veterano político por não ter declarado uma conta na Suíça e lingotes de ouro, cuja existência tinha sido informada em junho pela célula anti-lavagem do ministério francês da Economia.

Na tarde desta segunda-feira, sua filha, Marine, anunciou ter apresentado um recurso ante o Conselho de Estado, a maior jurisdição administrativa francesa, contra a decisão de levar sua declaração de patrimônio à justiça.

A Alta Autoridade para a Transparência analisou as declarações de patrimônio que Jean-Marie e Marine Le Pen tiveram que preencher como membros do Parlamento Europeu.

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