Líder extremista judeu quer proibir Natal e chama cristãos de 'vampiros'

Jerusalém, 22 dez 2015 (AFP) - Dois movimentos antirracistas israelenses pediram a abertura de uma investigação por declarações do chefe de uma organização extremista judia que pede o cancelamento das comemorações de Natal em Israel e compara os cristãos com vampiros.

"O Natal não tem lugar na Terra Santa", afirma Ben-Zion ("Bentzi") Gopstein, chefe da Lehava, uma organização que se inspira na ideologia de Meir Kahana, fundador do movimento racista antiárabe Kach.

Suas declarações foram feitas em um artigo publicado no site de informação ultraortodoxo Kooker.

Gopstein, um colono residente em Hebrón, no sul da Cisjordânia ocupada, também denuncia no texto o que considera uma "queda da linha defensiva do povo judeu contra nossos inimigos há centenas de anos, a Igreja católica".

"A missão destes vampiros e sanguessugas continua. Se não se pode matar os judeus se pode convertê-los", acrescenta. Por isso, diz, é preciso "fazer os vampiros desaparecerem antes que bebam de novo nosso sangue".

A polícia israelense já deteve em várias ocasiões este homem por declarações racistas contra cristãos e muçulmanos.

O movimento judeu liberal em Israel e a Coalizão contra o racismo em Israel pediram à justiça e à polícia que investiguem estas declarações.

Em Israel se multiplicaram nos últimos dias os apelos pedindo a proibição do Lehava.

Este movimento é suspeito de dois incêndios: o de 18 de junho na igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes e no dia 31 de julho que causou a morte de um bebê palestino de 18 meses e de seus pais na Cisjordânia.

Uma adolescente israelense também morreu esfaqueada por um ultraortodoxo na Parada Gay de Jerusalém em julho.

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