Parlamento grego vota a favor de reconhecimento do Estado palestino

Em Islamabad

Atenas, 22 dez 2015 (AFP) - O Parlamento grego adotou nesta terça-feira uma resolução para pedir ao governo que reconheça o Estado palestino, durante uma sessão especial na presença do presidente Mahmud Abbas, em Atenas desde segunda-feira.

Todos os partidos do Parlamento votaram a favor de um texto que pede ao governo grego que "promova os passos adequados para reconhecer um Estado palestino e qualquer esforço diplomático para retomar as negociações de paz" na região, indicou o presidente do Parlamento, Nikos Voutsis.

O texto menciona uma série de documentos internacionais a favor de continuar as negociações para solucionar o conflito entre israelenses e palestinos, assim como resoluções sobre o reconhecimento da Palestina adotadas por outros países e pelo Parlamento Europeu, disse Voutsis.

Há uma semana, a comissão de Defesa e Relações Exteriores já adotou por unanimidade uma resolução para reconhecer o Estado palestino.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, aplaudiu na segunda-feira o voto do Parlamento, depois de se reunir com Abbas, e anunciou que a palavra "Palestina" substituirá os termos "Autoridade Palestina" nos documentos oficiais gregos.

"A Grécia se compromete à instauração de um Estado palestino viável, independente e soberano com base nas fronteiras fixadas em 1967 e com Jerusalém Oriental como capital, um país que coexistirá de forma pacífica com Israel", declarou Tsipras.

Abbas agradeceu, por sua vez, "o povo e o governo gregos por seu apoio" e "sua solidariedade para que os palestinos tenham seu próprio Estado".

A visita de Abbas à Grécia é um sinal "do fortalecimento" das relações históricas entre os dois países, acrescentou o primeiro-ministro grego.

A Grécia se aproximou de Israel nos últimos anos, sobretudo no âmbito da energia, mas sempre manteve boas relações com os palestinos.

Em relação ao reconhecimento propriamente dito do Estado palestino, Tsipras esperou "uma solução viável" após negociações substanciais. A Grécia "considerará o bom momento" para este reconhecimento, levando-se em conta "as relações fraternais com o povo árabe e as relações de cooperação com Israel".

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