Kirchner dissolve Secretaria de Inteligência após morte de Nisman

Em Buenos Aires

  • Marcos Brindicci/Reuters

    O promotor Alberto Nisman era o autor da denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por suposto encobrimento do Irã em um atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994

    O promotor Alberto Nisman era o autor da denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por suposto encobrimento do Irã em um atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta segunda-feira (26) a dissolução da Secretaria de Inteligência (SI), depois de acusar espiões de complô, após a morte do promotor Alberto Nisman há uma semana.

Alberto Nisman era o promotor responsável pelo caso que investiga o atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

"O projeto estabelece a dissolução da Secretaria de Inteligência e a criação de uma Agência Federal de Inteligência", cujas autoridades serão designadas pelo Poder Executivo, mas com a concordância do Senado - disse a presidente em um discurso transmitido em rede nacional de rádio e televisão.

Pela primeira vez desde a morte do promotor Nisman, no domingo passado, Kirchner se pronunciou para defender sua gestão em defesa dos direitos humanos e luta contra a impunidade nos crimes contra a humanidade, ocorridos durante a ditadura no país (1976-1983).

O governo havia removido a cúpula da SI em dezembro passado.

Kirchner disse que enviará ao Congresso, "antes" de sua viagem à China no próximo fim de semana, um projeto de "reforma do sistema de Inteligência". A presidente convocou sessões extraordinárias do Parlamento, a partir de 1º de fevereiro, para debater o tema.

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