Destruição do sítio arqueológico de Palmira parece menor que o estimado

Em Washington

  • Michael Kappeler/EFE

Palmira, Síria, 28 Mar 2016 (AFP) - A destruição do sítio arqueológico de Palmira, cidade ocupada pelo grupo Estado Islâmico (EI) durante quase um ano, parece ter sido bem menor que o estimado, revelaram neste domingo soldados e especialistas.

As tropas do regime sírio de Bashar al Assad, com o apoio da aviação russa, conseguiram retomar Palmira, conhecida como a "Pérola do Deserto", neste final de semana.

Durante seu domínio, o EI cometeu uma série de atrocidades contra o sítio arqueológico, incluindo a destruição dos templos de Bel e de Balshamin, e de torres funerárias.

"Estávamos assustados com a ideia de entrar na cidadela e ver tudo completamente destruído", disse à AFP um militar sírio que pediu para não ser identificado. "Tínhamos medo, mas quando entramos sentimos um grande alívio".

O diretor sírio de Antiguidades, Mamoun Abdelkarim, disse à AFP que "a paisagem geral revela um bom estado" e que Palmira "voltará a ser como antes".

Abdelkarim ficou surpreso de ver em estado quase intacto várias ruínas, como a ágora, o teatro romano e as muralhas da cidadela, que sofreram apenas pequenos danos.

"Era o diretor de Antiguidades mais triste do mundo e agora sou o mais feliz".

O presidente Bashar al Assad qualificou de "sucesso importante" a libertação de Palmira, cidade cujas ruínas são consideradas patrimônio mundial da Unesco.

Soldaros sírios e russos, acompanhados de milicianos, caminhavam aliviados neste domingo entre as famosas ruínas de mais de 2 mil anos, mas persistia o temor com possíveis explosivos escondidos no sítio arqueológico.

Já a cidade moderna de Palmira - onde moravam 70 mil pessoas - não teve a mesma sorte. Prédios foram destruídos e casas ficaram em ruínas na feroz batalha que precedeu sua queda.

Palmira parece uma cidade fantasma após quase todos os seus habitantes terem fugido dos bombardeios dos últimos dias.

A tomada de Palmira é a vitória mais importante do regime de Assad sobre o EI desde a entrada da Rússia, em setembro passado, na guerra síria.

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