Combates matam 115 crianças desde 26 de março no Iêmen

Genebra, 24 Abr 2015 (AFP) - Ao menos 115 crianças morreram no Iêmen desde o início da campanha aérea lançada em 26 de março pela Arábia Saudita contra os rebeldes xiitas, anunciou nesta sexta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Ao menos 115 morreram e 172 ficaram mutiladas", declarou um porta-voz da Unicef, Christophe Boulierac, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

Das 115 mortes, 64 foram por bombardeios aéreos e 26 por explosivos ou minas. A fonte informou que 71 crianças morreram no norte e 44 no sul do país.

O balanço real, no entanto, certamente é mais elevado porque ainda estão sendo feitas verificações.

Por outro lado, a Unicef acredita que ao menos 140 crianças foram recrutadas pelos grupos armados desde que a violência no país começou a aumentar, afirmou o porta-voz.

Em 9 de abril, a representante de Unicef no Iêmen, Julien Harneis, explicou que um terço dos combatentes dos grupos armados eram menores de 18 anos.

Uma situação seria principalmente por razões culturais em um país onde "mostrar usa virilidade passa pela utilização de armas", explicou a fonte.

Mais de mil pessoas, entre civis e militares, morreram desde 19 de março em Iêmen, segundo dados publicados pelo Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo outras estatísticas publicadas pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, 551 civis morreram desde 26 de março no Iêmen.

Já o Programa Mundial de Alimentos (PAM) espera poder ajudar 2,5 milhões de pessoas no país entre maio e julho.

Mas a falta de combustível poderá dificultar os trabalhos do PAM, alertou um porta-voz da agência da ONU, Elisabeth Byrs, que considera que a organização pode aguentar ainda "um pouco mais de duas semanas com suas reservas de emergência".

"É evidente que vamos ter de importar combustível rapidamente", afirmou.

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