Pais de estudantes desaparecidos no México enfrentam policiais em protesto

Chilpancingo, México, 4 Jun 2015 (AFP) - Pais e colegas dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos em setembro passado, no México, enfrentaram a polícia de choque durante um protesto no estado de Guerrero, no sul do país.

Um grupo de 120 familiares dos desaparecidos e alunos da escola do magistério de Ayotzinapa viajava em ônibus para realizar um protesto na vizinha Chilpancingo, capital de Guerrero, quando foi impedido de avançar por dezenas de policiais estaduais e federais, revelou o porta-voz do movimento, Felipe de la Cruz.

"Nos pararam na estrada para Chilpancingo e nos agrediram com gás lacrimogêneo e bombas, e nossa alternativa foi nos defender com pedras", disse De la Cruz à AFP.

Dois jovens ficaram feridos no confronto, segundo imagens difundidas pela TV mexicana, que também mostrou um policial machucado.

Segundo a promotoria mexicana, no dia 26 de setembro passado os 43 estudantes foram atacados por policiais da cidade de Iguala, apoiados por membros do cartel Guerreiros Unidos, por ordem do prefeito local.

Pistoleiros confessaram ter executado os jovens, cujos corpos foram queimados em um lixão e atirados em um rio, diante da suspeita de que havia elementos de um cartel inimigo no grupo.

Familiares das vítimas e ONGs internacionais - como a Human Rights Watch - rejeitam esta versão alegando que as provas científicas puderam atestar apenas a morte de um jovem do grupo.

O fato é investigado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).



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