Bamako, 2 Jul 2015 (AFP) - Seis capacetes azuis de Burkina Faso morreram nesta quinta-feira em um ataque de supostos terroristas na região de Timbuctu, noroeste de Mali, anunciaram fontes da missão da ONU no Mali (Minusma).

O ataque contra a Minusma, encarregada pelo Conselho de Segurança da ONU de zelar pela aplicação do acordo de paz, ilustra a dificuldade de isolar os jihadistas, um objetivo vinculado a este acordo pela comunidade internacional.

Esta emboscada "não afetará a determinação das Nações Unidas em apoiar o povo malinense e o processo de paz", destacou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, segundo seu porta-voz.

"Seis soldados da paz foram mortos e outros cinco ficaram feridos" neste ataque lançado às 09h00 (locais, 06h00 de Brasília) na estrada entre Gundam Tumbuctu, 45 km a sudeste desta cidade, informou a Minusma, acrescentando que dois veículos da força foram destruídos.

"Condeno vigorosamente este novo ataque contra nossos capacetes azuis", declarou o chefe da Minusma, Mongi Hamdi, denunciando um "crime abjeto".

Os soldados do batalhão de Burkina Faso, Badenya, "voltavam para a base quando caíram em uma emboscada", explicou uma fonte do contingente à AFP.

A AQMI (Al Qaeda no Magreb Islâmico) reivindicou "a emboscada (de quinta-feira) contra as forças internacionais no Mali", em uma declaração de um dos seus porta-vozes, Abderrahman Al Azawadi, à agência privada mauritana Al Ajbar. Ele informou um balanço de "sete soldados (da ONU) mortos e quatro veículos militares destruídos".

Mais cedo, uma fonte de segurança da Minusma informou à AFP, falando de Tombuctu, que "cinco capacetes azuis originários de Burkina Faso tinham sido abatidos na quinta-feira entre Tombuctu e Gundam, durante um ataque lançado por terroristas".

Outros cinco soldados burkineses ficaram feridos, informou outra fonte de segurança da Minusma, que antes havia reportado nove soldados feridos.