Dois civis e um militar mortos no leste da Ucrânia

Donetsk, na Ucrânia

Dois civis e um soldado ucraniano morreram nas últimas 24 horas no leste separatista pró-russo da Ucrânia, enquanto um hospital foi atingido por um morteiro no reduto rebelde de Donetsk, de acordo com informações divulgadas neste domingo por Kiev e os rebeldes.

Um homem morreu na noite de sábado em um bombardeio no distrito de Kuibychevski, em Donetsk, e um médico foi ferido quando uma bomba atingiu o hospital N23 no mesmo distrito, informaram à AFP as autoridades rebeldes.

Outro homem foi ferido em Makiivka, cidade localizada poucos quilômetros a leste de Donetsk, que está sob controle rebelde.

Um dos líderes militares separatistas, Eduard Basurin, acusou o exército ucraniano de disparar a partir de Piski, uma cidade perto do aeroporto de Donetsk, com "armas de calibre de 152 mm".

O exército ucraniano anunciou, por sua vez, a morte de um civil e de um militar.

A vítima civil teria sido morta em Vodiané, perto do aeroporto de Donetsk.

O exército acusou os rebeldes de utilizar "peças de artilharia de 152 e 122 milímetros, bem como um veículo" de combate.

"Um soldado ucraniano foi morto e sete ficaram feridos nas últimas 24 horas", principalmente a leste do aeroporto de Donetsk, anunciou o porta-voz ucraniano Olexandre Motuzianyk a repórteres.

"A situação em torno de Donetsk se agravou e há combates nas últimas 24 horas em Pisko-Avdiivka" (perto do aeroporto), segundo o porta-voz.

As armas de calibre superior a 100 mm deveriam ter sido retiradas da frente de combate segundo os acordos de paz assinados em Minsk, em fevereiro.

No entanto, a retirada dessas armas nunca foi concluída, de acordo com os observadores da OSCE.

A república separatista pró-russa de Donetsk (DNR) e sua vizinha Lugansk afirmaram, no entanto, neste domingo, que começaram "a retirada das armas de calibre inferior a 100 mm", como parte do que eles chamam de "iniciativa de paz".

O leste rebelde tem registrado nos últimos dias um novo aumento da violência em um conflito que já matou mais de 6.500 pessoas desde abril de 2014.

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