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Dez anos após furacão, Nova Orleans homenageia vítimas do Katrina

29/08/2015 16h11

A cidade de Nova Orleans prestou homenagem neste sábado (29) às vítimas do furacão Katrina, que devastou a cidade há dez anos, em uma cerimônia da qual participaram personalidades locais e familiares dos mortos.

Às 08H29 da manhã (10H29 de Brasília), horário em que há uma década o primeiro dique cedeu, as autoridades depositaram coroas de flores no bairro do Lower Ninth Ward, um dos mais pobres da cidade, majoritariamente habitado pela comunidade negra e o mais duramente castigado pelas inundações.

Quatrocentas pessoas se reuniram no cemitério Charity Hospital de Canal Street para a cerimônia, na qual os discursos de personalidades alternaram com os de parentes das vítimas e homenagens musicais.

"Embora o furacão Katrina nos tenha colocado de joelhos, não deixamos que esta tempestade nos destruísse", declarou o governador da Louisiana, Bobby Jindal.

Está previsto que mais tarde uma fanfarra lidere uma "festa da resiliência", à qual seguirão concertos por toda a cidade ao longo do dia.

Na cidade vizinha de Biloxi, no Mississippi (sul), os sinos dobraram na manhã deste sábado na hora exata em que o furacão chegou à costa americana.

O presidente Barack Obama viajou nesta quinta-feira para a Louisiana (sul), assim como o ex-presidente George W. Bush (2001-2009), muito criticado por sua gestão da crise desatada pelo furacão em 2005. O ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) devia fazer um discurso na noite deste sábado em Nova Orleans.

Transformado em furacão de categoria 5 - a mais elevada da escala -, o Katrina atingiu a costa sul dos Estados Unidos em 29 de agosto de 2005. Os diques que protegem Nova Orleans, em parte situada abaixo do nível do mar, cederam e 80% da cidade ficou inundada.

A água subiu tão rápido que muitos moradores morreram afogados. Centenas se refugiaram nos tetos, isolados pela inundação.

No total, morreram 1.800 pessoas, a maioria nesta cidade, e um milhão de moradores tiveram que deixar suas casas. Estima-se que os danos causados pelo furacão tenham custado 150 bilhões de dólares.