Milicianos iranianos queimam 'bandeiras inimigas'

Teerã, 2 Set 2015 (AFP) - Alguns estudantes da milícia iraniana islâmica Basij pisotearam e queimaram nesta quarta-feira em Teerã bandeiras israelense, americana e britânica, observaram jornalistas da AFP.

O incidente ocorreu ao final de uma cerimônia em frente à antiga embaixada dos Estados Unidos, país que continua a ser considerado por alguns no Irã como o "Grande Satã", apesar do acordo nuclear selado recentemente com as grandes potências.

Esta cerimônia foi organizada para inaugurar um mural de pedra listando "cem palavras" usadas pelo fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, para descrever os Estados Unidos: "Grande Satã", "criminosos", "corruptos", "arrogantes" ou "anti-Corão".

Na terça-feira, a polícia iraniana prendeu em Teerã distribuidores que vendiam roupas com a impressão de "bandeiras britânicas e americanas".

O Irã não reconhece a existência de Israel e suas relações diplomáticas com Washington foram rompidas em 1980, ano do sequestro de diplomatas americanos em Teerã por estudantes islâmicos, alguns meses após a Revolução Islâmica de 1979.

Por sua vez, a Grã-Bretanha tem sido acusada pelo Irã de ter, com os Estados Unidos, derrubado o regime nacionalista de primeiro-ministro Mohammad Mossadegh em 1953.

Mas as relações entre os dois países melhoraram recentemente com o acordo nuclear em agosto e a visita de Philip Hammond, a primeira de um chefe da diplomacia britânica ao Irã desde 2003.

Nessa ocasião, a embaixada do Reino Unido, fechada em 2011 após ter sido saqueada por manifestantes, foi reaberta.

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