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Ameaçadas, tartarugas verdes fazem desova recorde na Flórida

09/10/2015 17h47

Miami, 9 Out 2015 (AFP) - As tartarugas verdes aninharam em números recorde este ano na Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, o que mostra que foram frutíferos os esforços de conservação desta espécie considerada "em perigo" - comemoraram as autoridades nesta sexta-feira.

A Comissão de Conservação de Pesca e Vida Silvestre da Flórida (FWC, em inglês) documentou este ano cerca de 28.000 ninhos de "Chelonia mydas" em 26 praias do estado, acima dos 25.553 registrados em 2013, o último em que o estudo foi feito.

Estes números confirmam a tendência crescente de ninhos desta espécie na Flórida, uma das mais importantes tartarugas marinhas, considerada "em perigo" desde 1978.

Há 30 anos, apenas 464 ninhos foram contabilizados nas 26 praias da Flórida. Para 2011, aumentaram para 10.701, segundo a FWC.

"Os números de 2015 estiveram acima do recorde anterior, o que sugere que os números de 2013 não foram uma anomalia, mas que as populações de tartarugas verdes estão efetivamente crescendo na Flórida", disse em comunicado Simona Ceriani, pesquisadora do FWC.

"É emocionante escutar que os esforços para proteger o meio ambiente na Flórida estão ajudando as tartarugas verdes a prosperar", comemorou o governador do estado, Rick Scott.

Diante do aumento de suas populações, as autoridades analisam a possibilidade de rebaixar a espécie de "em perigo" a "ameaçada" - na escala de risco sobre as tartarugas verdes na Flórida e no México, anunciou em março a FWS.

Segundo a organização conservacionista World Wildlife Fund, as tartarugas verdes "estão ameaçadas pela apreensão excessiva de seus ovos, a caça de membros adultos, que ficam presos em redes de pesca, e a perda de seus lugares de desova na praia".

Mas várias medidas, como a utilização de instrumentos de pesca que impeçam prender as tartarugas (graças a buracos através dos quais elas escapam) ou a proteção de seu habitat nas praias, ajudaram os quelônios a regressar.

As tartarugas verdes vivem ao longo das costas de mais de 140 países, de acordo com a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).