Estudante detido nos EUA com relógio confundido com bomba exige US$ 15 mi

Em Chicago (EUA)

  • Vernon Bryant/The Dallas Morning News/AP

    Ahmed Mohamed, 14, foi interrogado porque levou para escola um relógio fabricado por ele mesmo, e a polícia o acusou de ter produzido uma suposta bomba

    Ahmed Mohamed, 14, foi interrogado porque levou para escola um relógio fabricado por ele mesmo, e a polícia o acusou de ter produzido uma suposta bomba

O estudante muçulmano detido em uma escola secundária do Texas, nos Estados Unidos, por carregar um relógio artesanal confundido com uma bomba quer uma indenização de US$ 15 milhões, informou nesta segunda-feira (23) seu advogado.

Ahmed Mohamed, 14, foi algemado e brevemente detido em setembro passado, por ter levado à escola um relógio artesanal "inventado" por ele e composto por uma tela e um circuito eletrônico, com o objetivo de impressionar seu professor de tecnologia. O dispositivo foi confundido com uma bomba.

Aluno do terceiro ano da escola MacArthur da cidade de Irving, na região de Dallas, Mohamed recebeu grande apoio após o incidente, incluindo a atenção especial do presidente Barack Obama.

Os advogados do jovem enviaram uma carta ao colégio e à prefeitura de Irving na qual ameaçam entrar com uma ação na Justiça para receber US$ 5 milhões da instituição de ensino e US$ 10 milhões do município.

Segundo a carta, o incidente provocou "um trauma psicológico importante".

Os advogados de Ahmed Mohamed, filho de imigrantes sudaneses, argumentam que o colégio, a polícia e os responsáveis pela prefeitura violaram os direitos de seu cliente ao prendê-lo.

"Ahmed foi claramente objeto de uma perseguição por sua raça, origem e religião", escreveu Kelly Hollingsworth, um dos advogados.

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