'Já chega', diz Obama sobre novo tiroteio com mortos nos EUA

Washington, 28 Nov 2015 (AFP) - O presidente Barack Obama voltou a denunciar, neste sábado, a facilidade para se adquirir uma arma de fogo nos Estados Unidos, após a ocorrência de mais um tiroteio no país com várias vítimas.

Na sexta-feira, um homem matou dois civis e um policial, em uma clínica de planejamento familiar da Planned Parenthood, em Colorado Springs, no estado do Colorado.

"Precisamos fazer algo a respeito da facilidade de acesso a armas de guerra em nossas ruas a pessoas que não têm nada a ver com elas. Ponto. Já chega", frisou Obama, em nota divulgada hoje.

O presidente comentou, pela primeira vez, que o homem detido fez reféns no centro de planejamento familiar, de onde abriu fogo, "para aterrorizar toda uma comunidade".

Barack Obama disse estar "particularmente triste" que, um dia depois do feriado de Ação de Graças, os americanos tenham tido de reconfortar as famílias que perderam repentinamente seus entes queridos pela violência com armas de fogo.

"Isso não é normal. Isso não pode se transformar em algo normal", protestou Obama, que sempre reage duramente quando tragédias desse tipo acontecem e aproveita para voltar a reivindicar maior controle das armas, sem muito sucesso.

"Ainda não sabemos por que razões um homem armado disparou contra 12 pessoas", disse Obama.

Os agentes conseguiram prender o suspeito do ataque, após mais de cinco horas de cerco e em meio à contínua troca de tiros. Ainda não se sabe os motivos do agressor, identificado como Robert Lewis Dear, de 57 anos.

"Uma matança dessas pode acontecer em qualquer grande cidade dos Estados Unidos. Desta vez, aconteceu na nossa. Isso acontecerá em outras comunidades da próxima vez", lamentou o prefeito John Suthers, em entrevista à rede CNN.

A Polícia anunciou um reforço na segurança ao redor desses centros de planejamento familiar no Colorado.

O agressor, que aparece em uma foto divulgada pelas autoridades com o típico traje laranja de presidiário, está detido em uma unidade de El Paso (Colorado). Deve comparecer à Justiça na segunda-feira, de acordo com o jornal "The New York Times".

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