Ativistas gays são mortos a golpes de facão em Bangladesh
Dois militantes da comunidade gay de Bangladesh, um deles funcionário da embaixada americana, foram mortos nesta segunda-feira (25) a golpes de facão em um apartamento, informou um porta-voz de um grupo de defesa dos direitos dos homossexuais à AFP.
Recentemente também tem ocorrido uma série de ataques contra militantes e professores laicos neste país localizado no sul da Índia.
"Agressores não identificados entraram em um apartamento e, com golpes de facão, mataram duas pessoas. Outra pessoa ficou ferida", informou o porta-voz da polícia de Dacca, Maruf Hussein Sorder.
Os agressores gritaram 'Alá akbar!' (deus é grande), segundo testemunhas interrogadas pela emissora de televisão local Jamma.
Embora a polícia não tenha divulgado as identidades dos mortos, um porta-voz do grupo gay "Boys of Bangladesh" informou em uma mensagem de texto enviada à AFP que o editor da revista Roopbaan, Xulhaz Mannan, estava entre as vítimas. Mannan trabalhava na embaixada dos Estados Unidos.
O outro assassinado seria, segundo a fonte, Mahdub Tonoy, também ativista gay e membro do comitê executivo da revista.
Mannan foi o fundador e o organizador da "Reunião do Arco íris", um encontro anual da comunidade, criado em 2014 e que é celebrado todo 14 de abril em coincidência com o ano novo bengalês.
No entanto, este ano, a realização do encontro tinha sido suspensa pela polícia por motivos de segurança, depois que os organizadores foram ameaçados por grupos islamitas.
A comunidade homossexual é muito discriminada e perseguida em Bangladesh, país de maioria muçulmana.
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