Habitantes de Aleppo fogem por medo de novos ataques
Alepo, Síria, 1 Mai 2016 (AFP) - Dezenas de habitantes da cidade síria de Aleppo, norte da Síria, fugiam neste sábado por medo de novos ataques do governo de Bashar al-Assad, enquanto a Rússia descartou pressionar Damasco a deter os bombardeios.
Nos setores rebeldes de Aleppo, um correspondente da AFP presenciou a fuga de dezenas de famílias do bairro de Bustan al Qasr, alvo de bombardeios há dias.
"A situação se tornou insuportável", declarou Abu Mohamad, que deixou sua casa com a mulher e seus cinco filhos.
Algumas famílias decidiram se refugiar em zonas mais seguras da cidade e outras abandonaram a região pela estrada de Castello, a única saída para os habitantes dos bairros rebeldes sitiados há meses, apesar dos perigos que representa, já que é atacada com frequência.
O Exército sírio lançou 28 bombardeios em Aleppo desde 22 de abril, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Desde esta data, 246 pessoas morreram por causa dos confrontos.
A defesa civil anunciou neste sábado que ao menos dez pessoas perderam a vida no setor rebelde, incluindo duas crianças.
Já nos bairros da zona oeste controlados pelo governo, três civis, entre eles uma criança, morreram por disparos de obus, segundo a agência oficial de notícias síria Sana, que responsabilizou a Frente Al-Nosra, filial da Al-Qaeda nesse país, pelo ataque.
Vários comboios humanitários conseguiram entrar em quatro localidades sitiadas pelo regime e pelos rebeldes, mas a situação continua crítica.
Aleppo viveu na quinta-feira seu dia mais violento desde a retomada dos bombardeios, com mais de 50 mortos, incluindo crianças e médicos. A ONG Human Rights Watch afirmou que o ataque "pode constituir crime de guerra".
A ONU lamentou, por sua vez, um "monstruoso menosprezo pelas vidas de civis por parte de todas as partes do conflito".
Diante da tragédia vivida pela cidade, a hashtag #AleppoIsburning" (#Alepoestaqueimando) se espalhou pelas redes sociais, convocando manifestações de solidariedade em vários países de 30 de abril a 7 de maio.
Apesar da comoção mundial, a Rússia afirmou que não pedirá a Damasco que deixe de bombardear Aleppo (norte), conforme declarou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Guennadi Gatilov, citado pela agência de notícias russa Interfax.
"Não, não pressionaremos (o regime de Damasco), porque é preciso entender que se trata de uma luta contra a ameaça terrorista", afirmou.
"A situação em Aleppo faz parte dessa luta contra a ameaça terrorista", acrescentou.
Após o chamado do enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para reativar a trégua, Rússia e Estados Unidos concordaram e suspender os ataques nas localidades de Latakia e Guta Oriental.
O secretário de Estado americano, John Kerry, viajará neste domingo para Genebra como demonstração de apoio ao cessar-fogo na Síria, anunciou o Departamento de Estado neste sábado.
Na cidade suíça, neste domingo e na segunda-feira, o chefe da diplomacia americana terá reuniões com Staffan de Mistura e com seus colegas saudita, Adel al Jubeir, e jordaniano, Nasser Judeh, acrescentou o Departamento de Estado americano.
str-ram/jri/jvb/aoc/age/cn/tt
Nos setores rebeldes de Aleppo, um correspondente da AFP presenciou a fuga de dezenas de famílias do bairro de Bustan al Qasr, alvo de bombardeios há dias.
"A situação se tornou insuportável", declarou Abu Mohamad, que deixou sua casa com a mulher e seus cinco filhos.
Algumas famílias decidiram se refugiar em zonas mais seguras da cidade e outras abandonaram a região pela estrada de Castello, a única saída para os habitantes dos bairros rebeldes sitiados há meses, apesar dos perigos que representa, já que é atacada com frequência.
O Exército sírio lançou 28 bombardeios em Aleppo desde 22 de abril, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Desde esta data, 246 pessoas morreram por causa dos confrontos.
A defesa civil anunciou neste sábado que ao menos dez pessoas perderam a vida no setor rebelde, incluindo duas crianças.
Já nos bairros da zona oeste controlados pelo governo, três civis, entre eles uma criança, morreram por disparos de obus, segundo a agência oficial de notícias síria Sana, que responsabilizou a Frente Al-Nosra, filial da Al-Qaeda nesse país, pelo ataque.
Vários comboios humanitários conseguiram entrar em quatro localidades sitiadas pelo regime e pelos rebeldes, mas a situação continua crítica.
Aleppo viveu na quinta-feira seu dia mais violento desde a retomada dos bombardeios, com mais de 50 mortos, incluindo crianças e médicos. A ONG Human Rights Watch afirmou que o ataque "pode constituir crime de guerra".
A ONU lamentou, por sua vez, um "monstruoso menosprezo pelas vidas de civis por parte de todas as partes do conflito".
Diante da tragédia vivida pela cidade, a hashtag #AleppoIsburning" (#Alepoestaqueimando) se espalhou pelas redes sociais, convocando manifestações de solidariedade em vários países de 30 de abril a 7 de maio.
Apesar da comoção mundial, a Rússia afirmou que não pedirá a Damasco que deixe de bombardear Aleppo (norte), conforme declarou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Guennadi Gatilov, citado pela agência de notícias russa Interfax.
"Não, não pressionaremos (o regime de Damasco), porque é preciso entender que se trata de uma luta contra a ameaça terrorista", afirmou.
"A situação em Aleppo faz parte dessa luta contra a ameaça terrorista", acrescentou.
Após o chamado do enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para reativar a trégua, Rússia e Estados Unidos concordaram e suspender os ataques nas localidades de Latakia e Guta Oriental.
O secretário de Estado americano, John Kerry, viajará neste domingo para Genebra como demonstração de apoio ao cessar-fogo na Síria, anunciou o Departamento de Estado neste sábado.
Na cidade suíça, neste domingo e na segunda-feira, o chefe da diplomacia americana terá reuniões com Staffan de Mistura e com seus colegas saudita, Adel al Jubeir, e jordaniano, Nasser Judeh, acrescentou o Departamento de Estado americano.
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