Milhares de jovens israelenses e poloneses lembram vítimas em Auschwitz

Em Oswiecim (Polônia)

  • Alik Keplicz/AP

    Jovem deposita placa nos trilhos do campo nazista de Auschwitz, na Polônia

    Jovem deposita placa nos trilhos do campo nazista de Auschwitz, na Polônia

Milhares de jovens poloneses e judeus de Israel, assim como mais de 40 países, se uniram nesta quinta-feira aos sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz para participar de uma cerimônia em memória das vítimas.

"A marcha dos vivos", uma peregrinação celebrada todos os anos, reuniu milhares de pessoas no campo, onde estima-se que cerca de um milhão de pessoas tenham morrido.

Feiga Francis Schmidt Libman, de 81 anos, que sobreviveu ao campo de concentração, contou à AFP que sua avó, sua tia e suas primas morreram ali.

Seu pai faleceu no campo de Dachau, na Alemanha, mas ela e sua mãe conseguiram sobreviver.

"Só quero que as pessoas saibam que o ódio mata", contou Libman, que na época tinha 10 anos e agora já é avó.

A marcha começou no povoado polonês de Oswiecim, onde os nazistas construíram o campo em 1940.

Os participantes passaram pelo portão de entrada onde está escrita a famosa inscrição "Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta), antes de percorrer os três quilômetros que o separam de Birkenau, o principal lugar onde ocorreu o extermínio.

Esta é a 28º edição da cerimônia, que coincide com o dia em que Israel lembra as vítimas.

"Temo que a Europa, e também talvez outras partes do mundo, não tenham aprendido o suficiente (do Holocausto)", lamentou Shmuel Rosenman, que preside o evento.

O campo foi libertado em 1945. Segundo estimativas, 1,1 milhão de pessoas morreram ali, convertendo o local no símbolo do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

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