Parlamentares conservadores anunciam referendo contra união homossexual na Itália
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Filippo Monteforte/AFP
Um grupo de parlamentares italianos de direita e centro anunciou nesta quinta-feira (12) que irá organizar um referendo para anular a lei aprovada na véspera que legaliza a união civil homossexual.
"Não pudemos nos manifestar no parlamento, nem sequer apresentar emendas. Chegou o momento de sair às ruas e de mobilizar as pessoas", anunciou Eugenia Roccella, do pequeno partido de centro-direita Idea, durante uma coletiva de imprensa.
Os conservadores criticaram a decisão do primeiro-ministro de centro-esquerda, Matteo Renzi, de submeter a lei ao voto de confiança para acelerar o processo após dois anos de debate no Parlamento.
No entanto, os passos para chegar a um referendo são complexos, já que precisa, entre outras coisas, reunir 500.000 assinaturas, e depois obter a aprovação do Supremo Tribunal e do Tribunal Constitucional.
Como vingança, Massimo Gandolfi, líder dos católicos tradicionalistas, ameaçou o primeiro-ministro Renzi a forçar sua renúncia como governante com uma avalanche de votos contra ele em outro referendo, que ocorrerá em outubro para aprovar a reforma constitucional sobre o Senado.
Os conservadores não perdoaram Renzi que, sendo católico praticante, levou adiante a lei que legaliza a união de homossexuais e que permitiu à Itália se alinhar com o resto dos grandes países da Europa.