Presidente francês afirma que não cederá na reforma trabalhista
Paris, 17 Mai 2016 (AFP) - O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta terça-feira que não vai ceder na reforma trabalhista defendida por seu governo, apesar dos protestos nas ruas e da oposição de um setor da esquerda.
"Não cederei porque muitos governos já cederam", afirmou à rádio Europe 1 no início de uma nova semana de protestos sindicais.
Na região oeste do país, trabalhadores do setor de transportes realizam uma operação padrão nesta terça-feira e organizam piquetes para bloquear instalações com as zonas portuária e industrial de Le Havre.
Além de meses de protestos, a reforma trabalhista custou ao governo Hollande uma tentativa de moção de censura, que fracassou na quinta-feira.
Sem maioria, o governo decidiu na terça-feira da semana passada recorrer ao artigo 49-3 da Constituição, que permite ao Executivo adotar o texto na Assembleia Nacional sem o voto dos deputados. Agora o projeto de lei deve ser examinado pelo Senado.
"Esta lei seguirá adiante, porque foi discutida, ajustada, corrigida, passou por emendas", disse o presidente francês, que assegura ter o apoio dos sindicatos reformistas e da maioria dos deputados socialistas.
"Prefiro que guardem de mim a imagem de um presidente que fez reformas, não de um presidente que não fez nada", completou, a menos de um ano do fim de seu mandato.
O objetivo declarado da reforma é flexibilizar o código trabalhista para combater o desemprego, que afeta 10% da população ativa.
Mas os críticos alegam que o projeto de lei é extremamente favorável aos empresários e poderia agravar a situação dos trabalhadores.
Há mais de dois meses protestos são organizados contra a reforma. O número de participantes nas passeatas diminuiu, mas as marchas se tornaram mais radicais, com alguns incidentes violentos e feridos.
"Já basta", disse o presidente a respeito dos manifestantes violentos.
Na entrevista, Hollande afirmou que deu "ordens" para que a repressão aconteça no limite do direito de manifestação.
"Protestar é um direito, provocar destruição é um delito", disse.
O presidente francês afirmou que desde o início dos protestos, mais de mil pessoas foram detidas, 60 condenadas e 350 policiais foram feridos.
bur-chp/fp
"Não cederei porque muitos governos já cederam", afirmou à rádio Europe 1 no início de uma nova semana de protestos sindicais.
Na região oeste do país, trabalhadores do setor de transportes realizam uma operação padrão nesta terça-feira e organizam piquetes para bloquear instalações com as zonas portuária e industrial de Le Havre.
Além de meses de protestos, a reforma trabalhista custou ao governo Hollande uma tentativa de moção de censura, que fracassou na quinta-feira.
Sem maioria, o governo decidiu na terça-feira da semana passada recorrer ao artigo 49-3 da Constituição, que permite ao Executivo adotar o texto na Assembleia Nacional sem o voto dos deputados. Agora o projeto de lei deve ser examinado pelo Senado.
"Esta lei seguirá adiante, porque foi discutida, ajustada, corrigida, passou por emendas", disse o presidente francês, que assegura ter o apoio dos sindicatos reformistas e da maioria dos deputados socialistas.
"Prefiro que guardem de mim a imagem de um presidente que fez reformas, não de um presidente que não fez nada", completou, a menos de um ano do fim de seu mandato.
O objetivo declarado da reforma é flexibilizar o código trabalhista para combater o desemprego, que afeta 10% da população ativa.
Mas os críticos alegam que o projeto de lei é extremamente favorável aos empresários e poderia agravar a situação dos trabalhadores.
Há mais de dois meses protestos são organizados contra a reforma. O número de participantes nas passeatas diminuiu, mas as marchas se tornaram mais radicais, com alguns incidentes violentos e feridos.
"Já basta", disse o presidente a respeito dos manifestantes violentos.
Na entrevista, Hollande afirmou que deu "ordens" para que a repressão aconteça no limite do direito de manifestação.
"Protestar é um direito, provocar destruição é um delito", disse.
O presidente francês afirmou que desde o início dos protestos, mais de mil pessoas foram detidas, 60 condenadas e 350 policiais foram feridos.
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