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Forças curdas e árabes avançam em reduto do EI na Síria

25/06/2016 14h18

Alepo, Síria, 25 Jun 2016 (AFP) - A aliança de combatentes árabes e curdos, com o respaldo dos aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos, avançavam em direção ao centro da localidade síria de Manbij, reduto do grupo Estado Islâmico (EI) no norte da Síria.

Também na região norte do país, as forças do regime do presidente Bashar al-Assad, apoiadas pela aviação russa, tentavam cortar a principal estrada de abastecimento dos grupos rebeldes em Aleppo.

Os combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS), que entraram na quinta-feira ao sudoeste de Manbij, após três semanas de ofensiva, assumiram o controle de uma área ao sul da cidade e se aproximaram do centro, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os combates de rua entre as FDS e os extremistas do EI prosseguiram até a manhã de sábado, segundo o OSDH, que tem uma ampla rede de ativistas e fontes médicas no país.

As Brigadas dos Revolucionários de Raqa, um dos grupos integrantes das FDS, confirmaram o avanço no Twitter.

Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, afirmou que também foram registrados combates na frente norte, mas até o momento os combatentes curdos e árabes não conseguiram abrir passagem por este lado.

A ofensiva pela conquista de Manbij, uma cidade da província de Aleppo sob controle dos jihadistas desde 2014, começou em 31 de maio. Até o momento, segundo o OSDH, morreram 89 integrantes das FDS e 463 jihadistas do EI.

O Estado Islâmico resiste com homens-bomba e carros-bomba.

Antes do cerco, o EI utilizava Manbij para transportar material a partir da fronteira turca até Raqa, sua capital de fato na Síria, mas ao leste.

Neste sábado, ao menos 47 pessoas morreram, incluindo 31 civis, neste em bombardeios aéreos russos e do regime sírio contra a cidade de Al-Quriyah (leste), controlada pelo EI, informou o OSDH.

"Três ataques da aviação russa contra a localidade de Al-Quriyah, ai sudeste da cidade de Deir Ezor, mataram 31 civis", anunciou a ONG.

Outras 16 pessoas morreram na localidade da província de Deir Ezor, mas até o momento não foi possível determinar se eram civis ou combatentes do grupo extremista, pois os corpos não foram identificados, afirmou o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman.

O alvo dos ataques foi um setor residencial perto da mesquita da cidade.

Na província de Aleppo, aviões sírios e russos executaram ataques para respaldar a operação terrestre das forças do regime com o objetivo de bloquear a estrada de abastecimento que liga os bairros rebeldes desta cidade com a vizinha Turquia.

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