Pentágono retira proibição a transgêneros na carreira militar
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, retirou nesta quinta-feira (30) a proibição que vigorava para pessoas transgêneros entrarem nas Forças Armadas.
"Estamos fazendo o correto para o nosso povo e para as nossas Forças Armadas", indicou o secretário em um comunicado.
"Estamos falando de talentosos americanos que estão servindo com distinção, ou que aspiram a ter a oportunidade de servir. Não podemos permitir a existência de barreiras sem relações com as qualificações e que impeçam contratar e manter aqueles que melhor possam cumprir a missão", ressaltou.
Quando, a partir de 1º de outubro próximo, um médico reconhecer que uma mudança de identidade sexual é "medicamente necessária" para um militar, o Exército dará a essa pessoa "os cuidados e o tratamento adequados para conseguir isso", declarou o Pentágono.
Há um ano, o Departamento da Defesa preparava essa decisão histórica. Carter havia pedido a sua assessoria que estudasse o tema, depois de ter emitido uma opinião favorável.
O secretário repete, com frequência, que pretende abrir ao máximo o leque para captar novos recrutas e atrair os melhores talentos.
Em janeiro deste ano, foram suspensas as últimas barreiras para o acesso de mulheres a postos de combate.
Em 2011, o governo de Barack Obama já havia outorgado aos homossexuais o direito de servir no Exército, abolindo a lei "Don't Ask, don't Tell" ("não pergunte, não conte", em tradução livre) de 1993.
Segundo a Human Rights Campaign, a principal associação de defesa dos direitos das pessoas transgênero, elas chegariam a cerca de 15.000 nas fileiras do Exército, de um efetivo total de 1,3 milhão de militares.
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