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Ataque em Londres foi realizado por jovem com problemas mentais, diz polícia

A polícia isolou o local do ataque, situado próximo ao Museu Britânico - Justin Tallis/AFP
A polícia isolou o local do ataque, situado próximo ao Museu Britânico Imagem: Justin Tallis/AFP

Em Londres

04/08/2016 00h43Atualizada em 04/08/2016 08h46

O homem detido após o ataque com faca que matou uma mulher e feriu várias pessoas no centro de Londres na noite de quarta-feira (3) sofre de problemas mentais, informou a polícia na manhã desta quinta-feira (4).

"O homem de 19 anos detido por volta das 22h39 (18h39 Brasília) está atualmente em um hospital. As primeiras indicações sugerem que sua saúde mental teve um papel significativo neste caso", declarou o chefe adjunto da Scotland Yard Mark Rowley, acrescentando que nenhuma pista está excluída.

Segundo Rowley, a polícia não encontrou indícios de radicalização do homem que fez o ataque. "Até agora não foram encontradas provas de radicalização ou nada que sugira que o homem que temos sob custódia estivesse motivado pelo terrorismo", afirmou.

Segundo a polícia, seis pessoas ficaram feridas no ataque e uma mulher morreu antes da chegada dos socorristas. Até o momento não há informação sobre o estado dos feridos e a natureza das lesões.

A mulher de cerca de 60 anos que foi morta no ataque com faca é uma cidadã americana. Os cinco feridos no ataque são de nacionalidade australiana, americana, israelense e britânica.

O jovem agressor, que agiu na Russell Square por volta das 22h30, foi detido com a ajuda de uma pistola taser.

A polícia de Londres foi avisada às 22h33 (18h33) de um ataque com faca. "Um homem foi detido às 22h39 após os agentes utilizarem uma arma taser" de choque, informaram as autoridades.

A polícia isolou o local do ataque, situado próximo ao Museu Britânico, e os investigadores montaram uma barraca junto ao parque da Russell Square.

O ataque reavivou imediatamente o espectro da ameaça terrorista, dias após o chefe da polícia de Londres, Bernard Hogan-Howe, advertir para a eventualidade de um atentado no Reino Unido.

"Como encarregado de prevenir tais ataques, gostaria de tranquilizar a população, mas temo muito não poder fazê-lo totalmente", disse Hogan-Howe sobre a ameaça terrorista após os ataques na França e na Alemanha.

"Nosso nível de ameaça é 'severo' há dois anos e vai prosseguir assim. Isto significa que um ataque é altamente provável. Podemos dizer que não se trata de dizer 'se', mas 'quando'" acontecerá.

O nível de ameaça terrorista foi ampliado de 4 para 5 em agosto de 2014 no Reino Unido, o que significa um atentado "altamente provável".

Em dezembro de 2015, após os atentados de Paris no mês anterior (130 mortos), a polícia metropolitana de Londres anunciou que equiparia mais agentes com armas de fogo e com pistolas taser.