Tensão na Líbia com a chegada de migrantes
A bordo del Siem Pilot, 22 Out 2016 (AFP) - Quase 7.000 migrantes foram resgatados nesta semana nas costas da Líbia e neste sábado o navio norueguês "Siem Pilot" tentava ajudar as lanchas improvisadas à deriva, sobrecarregadas de pessoas procedentes da África.
O ataque de um navio da Guarda Costeira líbia contra uma lancha de migrantes neste sábado provocou, de forma dramática, perguntas sobre a estratégia europeia de colaborar com as autoridades marítimas líbias.
A tripulação do "Siem Pilot", que patrulha a região sob mandato da agência europeia Frontex, deu abrigo a quase mil migrantes socorridos por um petroleiro perto de Sabrata na sexta-feira.
Neste sábado, várias lanchas improvisadas e sobrecarregadas foram observadas no horizonte e pouco depois seis delas estavam ao redor do navio norueguês.
Em geral, as lanchas transportam de 120 a 140 pessoas, às vezes até 160.
O "Siem Pilot", já lotado de migrantes, não tinha condições de receber mais passageiros e teve que se afastar das lanchas quando algumas pessoas se jogaram ao mar para chegar ao navio.
Depois foram resgatados e levados ao petroleiro.
"Nunca vi uma operação de socorro assim", disse o comandante da polícia Pal Erik Teigen, que coordena as operações a bordo do "Siem Pilot".
O mar calmo durante toda a semana favoreceu a saída dos migrantes a partir das costas líbias. As equipes de emergência acreditam que será batido o recorde de chegadas para o mês de outubro, com 20.000 pessoas resgatadas.
A situação é cada vez mais difícil para a Itália que, após o fechamento das fronteiras dos países do norte, deve receber em seu território a grande maioria dos migrantes.
Na sexta-feira, os ministros do Interior do "G6" afirmaram que a repatriação dos imigrantes sem documentos que não recebem asilo é "um elemento fundamental" da política europeia de fluxos migratórios.
A luta contra os traficantes líbios representa outro eixo, mas a operação naval Sophia iniciada em 2015 ainda não apresentou resultados satisfatórios.
A UE pretende agora treinar e equipar a Guarda Costeira líbia para ajudar no esforço.
O início da formação está previsto para o fim de outubro. Primeiro, o bloco deseja assegurar que os 80 candidatos, que depois serão instrutores, são leais ao governo de união e não estão envolvidos em casos de corrupção.
"Na Líbia é muito difícil saber quem faz o que", disse Ruben Neuegebauer, porta-voz da ONG alemã Sea-Watch.
Na sexta-feira à noite, ativistas da Sea-Watch que distribuíam coletes salva-vidas a 150 passageiros de uma lancha observaram o momento em que agentes da Guarda Costeira líbia agrediram os migrantes.
A violência dos agentes, que pretendiam recuperar o motor, provocou um movimento de pânico e a queda na água da maioria dos migrantes. Apenas 120 foram resgatados.
As ONGs afirmam que bloquear os migrantes na Líbia os expõe a situações dramáticas
Os médicos citam a saúde frágil e as marcas de torturas nas pessoas resgatadas.
ide-fcc/fp
O ataque de um navio da Guarda Costeira líbia contra uma lancha de migrantes neste sábado provocou, de forma dramática, perguntas sobre a estratégia europeia de colaborar com as autoridades marítimas líbias.
A tripulação do "Siem Pilot", que patrulha a região sob mandato da agência europeia Frontex, deu abrigo a quase mil migrantes socorridos por um petroleiro perto de Sabrata na sexta-feira.
Neste sábado, várias lanchas improvisadas e sobrecarregadas foram observadas no horizonte e pouco depois seis delas estavam ao redor do navio norueguês.
Em geral, as lanchas transportam de 120 a 140 pessoas, às vezes até 160.
O "Siem Pilot", já lotado de migrantes, não tinha condições de receber mais passageiros e teve que se afastar das lanchas quando algumas pessoas se jogaram ao mar para chegar ao navio.
Depois foram resgatados e levados ao petroleiro.
"Nunca vi uma operação de socorro assim", disse o comandante da polícia Pal Erik Teigen, que coordena as operações a bordo do "Siem Pilot".
O mar calmo durante toda a semana favoreceu a saída dos migrantes a partir das costas líbias. As equipes de emergência acreditam que será batido o recorde de chegadas para o mês de outubro, com 20.000 pessoas resgatadas.
A situação é cada vez mais difícil para a Itália que, após o fechamento das fronteiras dos países do norte, deve receber em seu território a grande maioria dos migrantes.
Na sexta-feira, os ministros do Interior do "G6" afirmaram que a repatriação dos imigrantes sem documentos que não recebem asilo é "um elemento fundamental" da política europeia de fluxos migratórios.
A luta contra os traficantes líbios representa outro eixo, mas a operação naval Sophia iniciada em 2015 ainda não apresentou resultados satisfatórios.
A UE pretende agora treinar e equipar a Guarda Costeira líbia para ajudar no esforço.
O início da formação está previsto para o fim de outubro. Primeiro, o bloco deseja assegurar que os 80 candidatos, que depois serão instrutores, são leais ao governo de união e não estão envolvidos em casos de corrupção.
"Na Líbia é muito difícil saber quem faz o que", disse Ruben Neuegebauer, porta-voz da ONG alemã Sea-Watch.
Na sexta-feira à noite, ativistas da Sea-Watch que distribuíam coletes salva-vidas a 150 passageiros de uma lancha observaram o momento em que agentes da Guarda Costeira líbia agrediram os migrantes.
A violência dos agentes, que pretendiam recuperar o motor, provocou um movimento de pânico e a queda na água da maioria dos migrantes. Apenas 120 foram resgatados.
As ONGs afirmam que bloquear os migrantes na Líbia os expõe a situações dramáticas
Os médicos citam a saúde frágil e as marcas de torturas nas pessoas resgatadas.
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