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Putin teria se envolvido pessoalmente em ciberataques à campanha nos EUA

Presidente russo, Vladimir Putin, teria como objetivo se vingar de Hillary Clinton - Anna Sergeeva/Getty Images
Presidente russo, Vladimir Putin, teria como objetivo se vingar de Hillary Clinton Imagem: Anna Sergeeva/Getty Images

Em Washington

15/12/2016 01h37

Funcionários de Inteligência dos Estados Unidos acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, se envolveu pessoalmente nos ciberataques durante a recente campanha eleitoral americana, para se vingar de Hillary Clinton, revela NBC News nesta quarta-feira (14).

Segundo a rede de televisão, que cita dois altos funcionários de Inteligência, Putin deu instruções diretas sobre como filtrar e usar a informação hackeada dos democratas para atingir a candidata Hillary Clinton, finalmente derrotada pelo republicano Donald Trump.

Os dois funcionários de Inteligência afirmaram ter "um alto nível de confiança" do envolvimento direto de Putin, destacou a NBC.

No final de semana passado, o jornal "The Washington Post" revelou que a CIA atribuía à Rússia a invasão de e-mails de indivíduos e instituições americanas com o objetivo de influenciar a eleição a favor de Trump.

Segundo a NBC, Putin jamais perdoou Hillary Clinton por questionar, quando era secretária de Estado, a integridade das eleições parlamentares de 2011 na Rússia, e por instigar protestos nas ruas.

Os funcionários de Inteligência disseram à NBC que o objetivo inicial de Putin com os ciberataques era se vingar de Clinton, mas se tornou algo mais amplo para revelar que a política americana está corrompida.

Nas palavras de um dos funcionários, Putin quis "dividir os aliados-chave dos Estados Unidos e criar a imagem de que os EUA não são mais um líder global confiável".

Na preparação de possíveis retaliações, as agências de Inteligência americanas intensificaram as investigações sobre a riqueza pessoal de Trump, revelou a NBC, citando funcionários americanos.

Trump considera "ridícula" a acusação de que a Rússia está por trás dos ciberataques ao Comitê Nacional Democrata e a personalidades ligadas a Clinton.