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Sem nostalgias da vida no Palácio da Alvorada, afirma Dilma Rousseff

Dilma, em agosto de 2016, quando fez um discurso à nação ainda no Palácio da Alvorada - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Dilma, em agosto de 2016, quando fez um discurso à nação ainda no Palácio da Alvorada Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Em Brasília

18/02/2017 13h11

A ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) afirma não ter nenhuma nostalgia da vida no Palácio da Alvorada, um gigantesco edifício modernista de Brasília, cercado por espelhos d'água e jardins intermináveis.

De volta para a vida "real", a ex-presidente vive sozinha em um apartamento de mais de 130 metros quadrados no bairro Tristeza, de Porto Alegre.

"São muitos metros", afirma ironicamente em comparação com os 7.300 metros quadrados da residência presidencial projetada pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurada em 1958.

"Um palácio não é um lugar adequado para você morar. É impossível, a não ser se você tiver patins, ou um skate, como tem meu neto", afirmou, em meio a risadas, durante uma entrevista à AFP, em referência às imensas áreas de mármore da residência.

Entrada do edifício em que Dilma Rousseff mora, em Porto Alegre - Marcos Nagelstein/Folhapress - Marcos Nagelstein/Folhapress
Entrada do edifício em que Dilma Rousseff mora, em Porto Alegre
Imagem: Marcos Nagelstein/Folhapress


"Eu vivia em um apartamento pequeno. O que era meu apartamento: um quarto, uma sala, banheiro e um escritoriozinho", acrescentou Dilma, que passou por Brasília para participar de um evento organizado pelo braço feminino do Partido dos Trabalhadores (PT).

Dilma foi destituída em 2016, quando ainda restavam mais de dois anos de seu segundo mandato, em um julgamento de impeachment no qual o Senado a considerou culpada de manipular as contas públicas para maquiar sua gestão antes das eleições nas quais foi reeleita, em 2014.

Nos seis anos em que viveu na Alvorada, esta economista e ex-guerrilheira marxista de 69 anos diz ter entrado na espetacular piscina do palácio apenas duas vezes.

"O único arrependimento é que meu neto gostava", concluiu.