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Ex-assessor de Trump oferece testemunho em troca de imunidade

Nomeado em novembro, Flynn teve que se demitir em fevereiro, em meio a revelação de que manteve repetidos contatos com embaixador russo - Carlos Barria/ Reuters
Nomeado em novembro, Flynn teve que se demitir em fevereiro, em meio a revelação de que manteve repetidos contatos com embaixador russo Imagem: Carlos Barria/ Reuters

Em Washington

31/03/2017 12h32

O ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn propôs depor aos legisladores que investigam supostos vínculos entre a Rússia e a campanha presidencial de Donald Trump em troca de imunidade, informou nesta quinta-feira (30) o "The Wall Street Journal".

A proposta, realizada através do advogado de Flynn junto ao FBI e às comissões de investigação da Câmara de Representantes e do Senado, ainda não foi aceita, destaca o site do jornal, que se baseia em diversos responsáveis ligados ao caso, não identificados.

"Não está claro se Flynn propôs falar sobre aspectos específicos da época em que trabalhou para Trump, mas o fato de buscar imunidade sugere que ele sente que poderá enfrentar problemas judiciais por sua breve passagem pelo cargo de conselheiro de Segurança Nacional", comentou o jornal, citando um responsável.

O advogado de Flynn, Robert Kelner, não quis comentar a informação do "Wall Street Journal".

Flynn, chefe de inteligência militar do presidente Barack Obama, foi nomeado conselheiro de Segurança Nacional em novembro, após assessorar Trump durante a campanha eleitoral, mas teve que se demitir em 13 de fevereiro, em meio a revelação de que manteve repetidos contatos com o embaixador russo nos Estados Unidos no final de dezembro, quando a Rússia era alvo de sanções do governo Obama.

Investigações do Congresso e do FBI analisam uma possível ingerência russa na campanha presidencial de 2016 nos EUA.