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Governo venezuelano denuncia ataque de opositores a hospital infantil

Em foto de arquivo, a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, em reunião em Caracas - Federico Parra/AFP
Em foto de arquivo, a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, em reunião em Caracas Imagem: Federico Parra/AFP

Em Caracas

21/04/2017 01h35

A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou na noite desta quinta-feira (20) que homens armados ligados à oposição atacaram um hospital infantil onde havia 54 crianças internadas, que foram evacuadas, em meio aos protestos contra o presidente Nicolás Maduro.

"Denuncio à comunidade internacional que bandos armados contratados pela oposição atacaram um hospital materno infantil com 54 crianças", afirmou Rodríguez no Twitter, sem precisar onde ocorreu o incidente.

O ministro de Comunicação da Venezuela, Ernesto Villegas, também no Twitter, postou um vídeo de crianças sendo retiradas em uma ambulância e outro com pedras que teriam sido atiradas pelos menifestantes.

Milhares de opositores voltaram às ruas da Venezuela nesta quinta-feira --em mais um dia de protestos para exigir a saída de Maduro-- e foram dispersados pela tropa de choque com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água.

Os principais distúrbios foram registrados em Caracas, embora também tenham sido reportados incidentes nas cidades de Maracaibo (noroeste), Valencia (centro) e San Cristóbal (oeste), um dia depois da gigantesca mobilização de quarta-feira, que deixou dois jovens e um militar mortos.

Na noite desta quinta, Maduro acusou a oposição pela morte de uma jovem e de um militar durante os protestos da véspera, e prometeu levar à Justiça o líder opositor Henrique Capriles.

A onda de protestos começou em 1º de abril, após as sentenças do máximo tribunal eleitoral, que retiraram a imunidade do Parlamento, único poder público controlado pela oposição. A decisão foi posteriormente revogada.

Segundo as pesquisas, sete em cada dez venezuelanos reprovam o governo, sufocados pela crise econômica, com uma severa escassez de alimentos e remédios, e uma inflação --a mais alta do mundo-- que o FMI estima em 720,5% para este ano.