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Fome impulsiona ressurgimento da pirataria na Somália, aponta militar americano

Mãe com dois filhos anda até um centro de distribuição de comida na Somália, o país enfrenta sua terceira fome em 25 anos - Mohamed AbdiWahab/AFP Pfoto
Mãe com dois filhos anda até um centro de distribuição de comida na Somália, o país enfrenta sua terceira fome em 25 anos Imagem: Mohamed AbdiWahab/AFP Pfoto

Em Djibouti

23/04/2017 18h19

A seca e a fome parecem estar impulsionando o ressurgimento da pirataria na costa da Somália, disse o principal chefe militar dos Estados Unidos na África neste domingo.

Meia dúzia de ataques de piratas foram relatados na região durante o último mês, depois de esse número ter caído para zero nos últimos anos, disse o general americano Thomas Waldhauser.

"Algumas das razões que vemos para isso têm a ver com a seca e a fome", porque alguns dos navios atacados estavam carregando alimentos e petróleo, disse.

Os barcos atacados eram pequenos e "alvos muito lucrativos para os piratas", afirmou o general em uma entrevista coletiva com o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, em Djibouti.

Os militares americanos estão aconselhando as companhias transportadoras e assegurando que elas sigam as diretrizes de segurança e não baixem a guarda, disse Waldhauser.

"Houve cerca de meia dúzia" de ataques, mas "não estamos prontos para dizer que há uma tendência", acrescentou.

Mattis viajou no domingo ao Djibouti, um pequeno país estratégico no Chifre da África que abriga a única base militar permanente dos Estados Unidos no continente africano, a Camp Lemonnier.

Os piratas somalis começaram a realizar ataques em 2005, prejudicando seriamente uma importante rota marítima internacional e causando danos de bilhões de dólares à economia global.

Embora as medidas anti-pirataria tenham acabado com os ataques a embarcações comerciais, os barcos de pesca continuaram enfrentando ataques esporadicamente.