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Executivos e construtoras peruanas são denunciados no caso Odebrecht

Marcelo Odebrecht (em foto de arquivo), preso em Curitiba, foi interrogado nesta segunda-feira por um procurador peruano - AFP Photo/Michelle O"Connel
Marcelo Odebrecht (em foto de arquivo), preso em Curitiba, foi interrogado nesta segunda-feira por um procurador peruano Imagem: AFP Photo/Michelle O'Connel

Em Lima

16/05/2017 01h42

A Procuradoria do Peru denunciou nesta segunda-feira (15) executivos e construtoras do país que trabalharam em consórcio com a brasileira Odebrecht, suspeitos de envolvimento no esquema de pagamento de propinas para se obter contratos de obras públicas.

Segundo a Procuradoria, a denúncia envolve José Graña Miró Quesada, representante da empresa Graña y Montero; Fernando Camet Piccone, da JJC Contratistas Generales; e Fernando Castillo Dibois, da Ingenieros Civiles y Contratistas Generales - do mesmo modo que suas empresas.

Os procuradores designados para o caso Odebrecht afirmam que os executivos participaram do esquema de "pagamento de propinas" a funcionários públicos para conquistar as obras de dois trechos da estrada interoceânica entre Brasil e Peru.

A Odebrecht já reconheceu o pagamento de US$ 29 milhões em propinas para obter obras públicas no Peru entre 2005-2014, incluindo US$ 20 milhões ao então presidente Alejandro Toledo pelo contrato da estrada interoceânica.

Toledo, que vive nos Estados Unidos, é alvo de um pedido de extradição.

Nesta segunda-feira, um promotor peruano interrogou no Brasil Marcelo Odebrecht, para confirmar a versão de um executivo da filial da Odebrecht no Peru de que o grupo entregou US$ 3 milhões para a campanha presidencial do ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016).

Funcionários do governo do ex-presidente Alan García (2006-2011) também estão presos, mas por envolvimento em outro escândalo da Odebrecht no Peru: uma linha do metrô de Lima.