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91 pessoas morreram em seis atentados no Reino Unido desde 2005

3.jun.2017 - Policiais e socorristas atendem pessoas na London Bridge - Daniel Sorabji/AFP Photo
3.jun.2017 - Policiais e socorristas atendem pessoas na London Bridge Imagem: Daniel Sorabji/AFP Photo

04/06/2017 09h55

Londres, 4 Jun 2017 (AFP) - Na noite do último sábado (3), Londres voltou a viver uma tragédia quando três homens atropelaram pedestres e esfaquearam várias pessoas em uma área de bares da capital inglesa.

O ataque, que matou sete pessoas e deixou 48 feridos, aconteceu menos de duas semanas depois de outro ataque em Manchester, no qual morreram 22 pessoas, pouco mais de três meses após um atentado semelhante perto do Parlamento, com atropelamento e facadas, matar cinco pessoas.

No último 12 anos, o Reino Unido sofreu ao menos seis atentados, que juntos somam 91 mortes. Veja a seguir a cronologia dos ataques desde 2005:

2005: ataque contra o sistema público de transportes de Londres

Em 7 de julho, quatro atentados suicidas coordenados e cometidos ao mesmo tempo, no horário de grande fluxo de três ramais do metrô e em um ônibus londrino, deixaram 56 mortos, incluindo os quatro autores. Outras 700 pessoas ficaram feridas. Um grupo que se identificou como integrante da Al-Qaeda assumiu a autoria dos ataques.

Quinze dias depois, houve quatro tentativas de atentado com um "modus operandi" similar, de forma coordenada e quase simultânea, também em três linhas de metrô e em um ônibus. Neste caso, porém, as bombas artesanais não explodiram por um erro de cálculo em sua confecção.

Segundo a Justiça, as duas séries de atentados estavam relacionadas.

2007: aeroporto de Glasgow

Em 30 de junho, um carro-bomba cheio de botijões de gás foi lançado contra o principal terminal do aeroporto de Glasgow, na Escócia, muito frequentado no início das férias escolares, sem explodir. Um indiano que dirigia o veículo ficou gravemente queimado. Ele faleceu um mês depois. Seu acompanhante, um médico iraquiano, foi detido. Em 2008, foi condenado à prisão perpétua.

Na véspera, dois carros Mercedes Benz com galões de gasolina e pregos foram descobertos estacionados perto do Piccadilly Circus, no coração de Londres. Um problema de conexão no dispositivo detonador impediu que os veículos explodissem, segundo os investigadores.

2013: morte de um soldado em Londres

Em 22 de maio, dois londrinos de origem nigeriana atropelaram o soldado Lee Rigby, de 25 anos, no sudeste de Londres, para esfaqueá-lo e tentar decapitá-lo. Em um vídeo gravado logo depois da agressão, um dos assassinos declarou que o objetivo era vingar "os muçulmanos mortos por soldados britânicos".

2015: estação de metrô de Leytonstone

Em 5 de dezembro, Muhaydin Mire, de 30 anos, nascido na Somália, feriu duas pessoas com uma faca --uma delas gravemente--, na entrada do metrô de Leytonstone, no leste de Londres, dois dias depois dos primeiros ataques aéreos britânicos contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. O ataque foi classificado como "terrorista" pelas autoridades. Mire foi condenado à prisão perpétua.

2017: a ponte de Westminster

Em 22 de março, um homem investiu seu carro contra os pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que fazia a segurança do prédio. Foram cinco mortos, além do agressor, abatido pelos agentes.

2017: o atentado de Manchester

Em 22 de maio, um atentado na saída de um show da cantora norte-americana Ariana Grande em Manchester deixou 22 mortos e 116 feridos. O ataque foi cometido por um suicida que detonou uma potente bomba nas saídas do pavilhão Manchester Arena, ao final da apresentação.