Preocupados com crise, moradores do Qatar fazem estoque de alimentos
Consumidores em Doha decidiram não correr riscos na segunda-feira (5) apesar das garantias das autoridades de que não havia razão para pânico, após um bloqueio imposto pela Arábia Saudita.
O Qatar tem sua única fronteira terrestre com a Arábia Saudita e depende pensadamente da importação de alimentos, a maioria de países do Golfo.
Nações árabes, incluindo a Arábia Saudita e o Egito, romperam com o Qatar nesta segunda, acusando-o de apoiar o terrorismo, na maior crise diplomática na região em anos.
Filas com até 25 pessoas se formavam no Carrefour do centro de Doha, uma das principais áreas de compra da capital qatariana, horas após os cinco países árabes romperem laços diplomáticos com o emirado.
Consumidores enchiam os carrinhos, e as prateleiras começaram a se esvaziar de itens como leite, arroz e frango.
Entre as centenas de consumidores procurando alimentos estava o cingalês Azir.
"Estava dormindo. Minha família me ligou e me acordou do Sri Lanka", ele disse, com o carrinho cheio de fraldas para seu filho de 18 meses. "Vim por causa da crise."
O Qatar importa alimentos como frango da Arábia Saudita, e os moradores logo estavam nas mídias sociais reclamando que teriam de comprar as aves de Omã.
Ernest, do Líbano, disse que foi fazer compras porque outros logo iriam. 'É um ciclo de pânico, e eu precisava comprar macarrão", afirmou, empurrando dois carrinhos.
A história era a mesma nos supermercados Monoprix, onde os funcionários disseram ter tido o melhor dia na história.
No supermercado Al-Meera, o alemão Denis estava convencido de que a crise era apenas uma tempestade passageira.
"É só um cartão amarelo", disse. "O que eles podem fazer? É um dos países mais ricos do mundo."
Para evitar o pânico generalizado, o governo do Qatar soltou uma nota dizendo que as rotas aéreas e marítimas para importações vão permanecer abertas.
"O governo do Qatar vai tomar todas as medidas necessárias para reverter tentativas de influenciar e prejudicar a sociedade e a economia qatarianas", afirmou a nota.
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