Direita ganha eleições na Sicília e Berlusconi é grande vitorioso
Catânia, Itália, 6 Nov 2017 (AFP) - O magnata e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi comemorou nesta segunda-feira o seu retorno ao círculo político com a vitória da coalizão de direita nas eleições regionais da Sicília, um teste-chave antes das eleições gerais da Itália de 2018.
A coalizão de direita conseguiu uma nítida vantagem sobre a formação antissistema Movimento Cinco Estrelas (M5E), que se consolida como o primeiro partido da ilha.
Segundo os dados parciais, após a recontagem de quase 90% das cédulas, o candidato da coalizão de direita, Nello Musumeci, obteria 39,7% dos votos contra 34,7% de Giancarlo Cancelleri, do M5E.
Musumeci, de 62 anos, ex-militante do Movimento Social Italiano, possível próximo governador da Sicília, obtém a vitória graças ao apoio do partido de Berlusconi, Força Itália, assim como de formações da extrema-direita, entre elas Fretelli D'Italia, liderado por Giorgia Meloni, e pelo movimento contrário à imigração, Liga Norte.
- O retorno de Berlusconi -A vitória da direita após cinco anos de governo de esquerda marca também o incrível retorno de Berlusconi, que aos 81 anos e depois de muitos problemas judiciais e escândalos sexuais, aspira que seu partido tenha um bom resultado nas eleições legislativas de 2018 e que o Tribunal de Direitos Humanos de Estrasburgo elimine a restrição política que pesa sobre ele.
"A Sicília escolheu o caminho da mudança real, séria e construtiva, baseada na honestidade, competência e experiência", tuitou Il Cavaliere.
"Berlusconi convence e se torna o grande vencedor ao conseguir a vitória da direita", comentou o cientista político Giovanni Orsina em conversa com a imprensa estrangeira.
"O único que consegue unir o que não se pode unir", comentou o editorialista Claudio Tito, do jornal La Repubblica, ao lembrar a longa vida política do magnata.
Segundo os dados, a grande derrotada das eleições sicilianas é a esquerda no governo com o Partido Democrático, liderado por Matteo Renzi, formação que se apresentou profundamente dividida.
Com 4,5 milhões de eleitores chamados às urnas para escolher o governador e a assembleia regional, as eleições na Sicília representam o último grande teste antes das legislativas, que devem acontecer entre fevereiro e abril de 2018.
- M5E, o vencedor moral -O movimento antissistema fundado pelo comediante Beppe Grillo, M5E, que se apresentou sem fazer alianças com outras forças políticas, se torna, sem dúvidas, o partido mais votado.
"Somos, em qualquer caso, os vencedores morais", declarou seu candidato, Giancarlo Cancelleri.
Depois de vencer em Roma e Turim em 2016, o M5E, fundado em 2009, esperava ganhar sua primeira região e usá-la como trampolim para as eleições legislativas de 2018.
"O voto pelo M5E é limpo, livre, belo, consciente. A vitória da direita está manchada por seus candidatos, contaminada pelos 'inapresentáveis', os corruptos", reagiu Luigi Di Maio, líder do M5E para as eleições legislativas de 2018.
Como costuma acontecer, o comparecimento às urnas na Sicília foi baixo, já que apenas 46,76% dos sicilianos com direito ao voto participaram das eleições.
- A esquerda derrotada -"Saímos derrotados. Espero que este resultado obrigue a esquerda a buscar unidade", declarou o secretário regional do Partido Democrático (PD), Fausto Raciti.
"O PD e sua política no nível nacional e regional sofreu uma derrota impressionante. Se não realizar as mudanças radicais necessárias e não reconhecer os erros cometidos nos últimos anos, o partido de Renzi corre o risco de perder as eleições legislativas", advertiu Roberto Speranza, entre os líderes do PD que saíram do partido em protesto.
O PD obtém na Sicília cerca de 15%, o que representa um duro revés para Renzi, cuja liderança começa a ser questionada.
Nesta segunda-feira, Luigi Di Maio cancelou o primeiro debate televisivo programado com Renzi para a noite de terça-feira ao dizer que o PD "ficou sem líder".
bur-kv/eg/cb/cc
A coalizão de direita conseguiu uma nítida vantagem sobre a formação antissistema Movimento Cinco Estrelas (M5E), que se consolida como o primeiro partido da ilha.
Segundo os dados parciais, após a recontagem de quase 90% das cédulas, o candidato da coalizão de direita, Nello Musumeci, obteria 39,7% dos votos contra 34,7% de Giancarlo Cancelleri, do M5E.
Musumeci, de 62 anos, ex-militante do Movimento Social Italiano, possível próximo governador da Sicília, obtém a vitória graças ao apoio do partido de Berlusconi, Força Itália, assim como de formações da extrema-direita, entre elas Fretelli D'Italia, liderado por Giorgia Meloni, e pelo movimento contrário à imigração, Liga Norte.
- O retorno de Berlusconi -A vitória da direita após cinco anos de governo de esquerda marca também o incrível retorno de Berlusconi, que aos 81 anos e depois de muitos problemas judiciais e escândalos sexuais, aspira que seu partido tenha um bom resultado nas eleições legislativas de 2018 e que o Tribunal de Direitos Humanos de Estrasburgo elimine a restrição política que pesa sobre ele.
"A Sicília escolheu o caminho da mudança real, séria e construtiva, baseada na honestidade, competência e experiência", tuitou Il Cavaliere.
"Berlusconi convence e se torna o grande vencedor ao conseguir a vitória da direita", comentou o cientista político Giovanni Orsina em conversa com a imprensa estrangeira.
"O único que consegue unir o que não se pode unir", comentou o editorialista Claudio Tito, do jornal La Repubblica, ao lembrar a longa vida política do magnata.
Segundo os dados, a grande derrotada das eleições sicilianas é a esquerda no governo com o Partido Democrático, liderado por Matteo Renzi, formação que se apresentou profundamente dividida.
Com 4,5 milhões de eleitores chamados às urnas para escolher o governador e a assembleia regional, as eleições na Sicília representam o último grande teste antes das legislativas, que devem acontecer entre fevereiro e abril de 2018.
- M5E, o vencedor moral -O movimento antissistema fundado pelo comediante Beppe Grillo, M5E, que se apresentou sem fazer alianças com outras forças políticas, se torna, sem dúvidas, o partido mais votado.
"Somos, em qualquer caso, os vencedores morais", declarou seu candidato, Giancarlo Cancelleri.
Depois de vencer em Roma e Turim em 2016, o M5E, fundado em 2009, esperava ganhar sua primeira região e usá-la como trampolim para as eleições legislativas de 2018.
"O voto pelo M5E é limpo, livre, belo, consciente. A vitória da direita está manchada por seus candidatos, contaminada pelos 'inapresentáveis', os corruptos", reagiu Luigi Di Maio, líder do M5E para as eleições legislativas de 2018.
Como costuma acontecer, o comparecimento às urnas na Sicília foi baixo, já que apenas 46,76% dos sicilianos com direito ao voto participaram das eleições.
- A esquerda derrotada -"Saímos derrotados. Espero que este resultado obrigue a esquerda a buscar unidade", declarou o secretário regional do Partido Democrático (PD), Fausto Raciti.
"O PD e sua política no nível nacional e regional sofreu uma derrota impressionante. Se não realizar as mudanças radicais necessárias e não reconhecer os erros cometidos nos últimos anos, o partido de Renzi corre o risco de perder as eleições legislativas", advertiu Roberto Speranza, entre os líderes do PD que saíram do partido em protesto.
O PD obtém na Sicília cerca de 15%, o que representa um duro revés para Renzi, cuja liderança começa a ser questionada.
Nesta segunda-feira, Luigi Di Maio cancelou o primeiro debate televisivo programado com Renzi para a noite de terça-feira ao dizer que o PD "ficou sem líder".
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