Maioria dos peruanos acha que Kuczynski deve deixar presidência por caso Odebrecht, diz pesquisa
A maioria dos peruanos acredita que o presidente Pedro Pablo Kuczynski deve deixar o governo, e que seu sucessor deve convocar eleições, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo (17), em meio a uma crise política.
A presidência de Kuczynski está por um fio, e sua permanência será decidida nesta quinta-feira (21), quando ele ou seu advogado comparecerem para expôr sua defesa no Congresso Nacional, que, em seguida, vai votar um pedido pluripartidário de que deixe o cargo por "incapacidade moral".
Entre os entrevistados pelo Ipsos, 57% acreditam que Kuczynski deve deixar cargo, contra 41% que acham que o mandatário deve concluir seu mandato de cinco anos, até julho de 2021.
Kuczynski luta para sobreviver desde que a Odebrecht afirmou, esta semana, que pagou quase 5 milhões de dólares por consultorias de empresas ligadas ao mandatário entre 2004 e 2013.
Do total, 782 mil dólares foram pagos à Westfield Capital, companhia de Kuczynski, quando era ministro da Economia e primeiro-ministro de Alejandro Toledo (2001-2006). Outros 4,05 milhões foram para a First Capital, empresa de um ex-sócio.
Caso Kuczynski, 79 anos, deixe a presidência, 67% opinam que novas eleições gerais (presidenciais e parlamentares) deveriam ser convocadas. Apenas 30% pedem o respeito à fórmula constitucional, que prevê que o primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra, assuma o cargo pelo período restante.
O Peru tem dois vice-presidentes: Martín Vizcarra, atual embaixador do Peru no Canadá, e Mercedes Aráoz, presidente do Conselho de Ministros.
A pesquisa do Ipsos indica também que 61% dos questionados acreditam que o mandatário enfraquecido deveria dissolver o Congresso e convocar novas eleições parlamentares. Esta opção, contudo, é improvável, devido às questões legais, no contexto atual.
A desaprovação à gestão de Kuczynski subiu a 75% em dezembro, 10 pontos a mais do que no mês anterior, e em seu nível mais alto desde que ele chegou ao governo, em julho de 2016. A aprovação caiu de 27% a 18%, seu nível mais baixo.
O Ipsos entrevistou 1.287 pessoas, entre 13 e 15 de dezembro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.