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Farc pede perdão por assassinato de ex-governador na Colômbia há 15 anos

O ex-líder das Farc, Rodrigo Londroño - Raul Arboleda/ AFP
O ex-líder das Farc, Rodrigo Londroño Imagem: Raul Arboleda/ AFP

De Bogotá

05/05/2018 21h32Atualizada em 05/05/2018 22h25

O líder das FARC, Rodrigo Londoño, pediu perdão neste sábado (5) pelo assassinato do ex-governador de Antioquia Guillermo Gaviria cometido pela ex-guerrilha comunista há 15 anos durante um frustrado resgate do governo da Colômbia.

"Timochenko", ex-principal comandante rebelde e atual presidente do partido surgido do acordo de paz, pediu perdão à esposa de Gaviria, Yolanda Pinto, durante um ato de seguimento à implementação do pacto na cidade caribenha de Cartagena.

"Pedimos a chance de que nos perdoe, nunca justificaremos esse tipo de coisa que não tinha nada a ver com o confronto", assegurou Londoño em um evento estavam o presidente Juan Manuel Santos e os ex-presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Espanha, Felipe González.

"Eu queria ratificar isso aqui, senhor presidente, e sempre com a esperança de que dona Yolanda em algum momento nos perdoe", acrescentou o ex-guerrilheiro.

Pinto, atual diretora da estatal Unidade de Vítimas, garantiu que desde a morte de seu esposo havia perdoado os responsáveis porque não queria que sua vida "se tornou um inferno".

"Neste momento tão importante para mim, para minha família (...) aceito o pedido de perdão que vocês me pediram hoje", afirmou.

No dia 5 de maio de 2003 o governador do departamento de Antioquia Guillermo Gaviria, o ex-ministro da Defesa Gilberto Echeverri, sequestrados em abril de 2002, e mais oito militares foram assassinados pelas Farc durante um resgate frustrado.