Topo

Canadá anuncia data para que maconha passa a ser legalizada: 17 de outubro

AFP PHOTO / Chris Roussakis
Imagem: AFP PHOTO / Chris Roussakis

20/06/2018 17h58

O consumo e o cultivo de maconha serão legais no Canadá a partir de 17 de outubro, anunciou nesta quarta-feira (20) o primeiro-ministro, Justin Trudeau, à Câmara dos Comuns em Ottawa.

O Canadá se converterá no primeiro país do G7 a autorizar o uso recreativo desta droga e o segundo do mundo depois do Uruguai.

O anúncio é feito depois que as duas câmaras do Parlamento aprovaram nesta semana o projeto de lei do governo liberal.

A ministra de Saúde, Ginette Petitpas Taylor, comemorou o anúncio: "Fico feliz que a lei da cannabis tenha sido aprovada pelo Parlamento. Este projeto acaba com a proibição e abre caminho para uma política responsável e justa", escreveu no Twitter.

O Canadá já havia autorizado o uso da cannabis com fins terapêuticos em 2001. A proibição estava vigente desde 1923.

De acordo com a nova lei, os adultos que tiverem ao menos 18 ou 19 anos, segundo a província ou território, poderão legalmente comprar, cultivar e consumir uma quantidade limitada de maconha.

Até 17 de outubro continuará sendo ilegal no Canadá, exceto se for autorizado para fins médicos ou científicos, segundo um comunicado do governo.

Cada lar canadense poderá cultivar até quatro plantas e uma pessoa pode portar até 30 gramas de maconha legal em locais públicos, assinalou o governo.

O primeiro-ministro, que admitiu em 2013 ter fumado "cinco ou seis vezes" um baseado com seus amigos, justifica a legalização como forma de tirar os traficantes do mercado e proteger os jovens.

Justin Trudeau manifestou estar convencido de que depois do Canadá outros grandes países o seguirão descriminalizando o seu uso.

Alguns países ocidentais "reconhecem que o Canadá está sendo audacioso (...) e percebem a honestidade" do país, que admite que o atual sistema repressivo "não funciona para evitar que nossos jovens tenham um fácil acesso à maconha", declarou Trudeau à AFP em maio.

Ficará a cargo da províncias organizar a venda da cannabis em lojas autorizadas, em alguns casos na forma atual das lojas de venda de álcool controladas pelo governo.