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Separação de famílias na fronteira dos EUA foi 'momento infeliz', diz Ivanka Trump

Mandel Ngan/AFP
Imagem: Mandel Ngan/AFP

02/08/2018 16h35

A filha do presidente dos Estados Unidos Ivanka Trump, 36, se pronunciou nesta quinta-feira (2) contra a rigidez de seu pai em relação à separação de famílias na fronteira, apontando que as notícias sobre esta polêmica política representaram um "momento infeliz" de seu mandato na Casa Branca.

Ivanka, que se descreveu como "filha de imigrantes" - sua mãe nasceu e cresceu na antiga Checoslováquia - disse que estava convencida de que a crise se agravou no início deste ano quando milhares de crianças foram separadas de seus pais migrantes.

Esse foi um momento infeliz para mim também

A declaração aconteceu durante uma conferência organizada pelo site Axios, referindo-se à política de "tolerância zero" do governo de seu pai, Donald Trump.

"Sou muito contra a separação das famílias e a separação de pais e filhos, de modo que estou de acordo com esse sentimento", acrescentou a empresária, que também é assessora do presidente.

Ivanka Trump também se distanciou dos ataques de seu pai aos meios de meios de comunicação, que aumentaram os níveis de antagonismo com a imprensa em recentes eventos presidenciais.

"Não sinto que os meios de comunicação sejam inimigos das pessoas", disse Ivanka quando questionada sobre o tema.

A crise de imigração, que se agravou quando foi revelado um áudio com gritos e choros de crianças chamando por suas mães, causou uma tempestade dentro e fora dos Estados Unidos, e em junho o presidente revogou a medida.

Donald Trump ordenou o fim das separações, mas até a data limite da semana passada outorgada pela justiça para reunir as crianças com seus familiares, 711 dos cerca de 2.500 menores separados continuavam sem ser reunidos com seus pais, e as autoridades não souberam dizer quando isso acontecerá.

Ivanka disse que sua mãe, a primeira esposa de Donald Trump, chegou aos Estados Unidos de forma legal.

"Desse modo, somos muito cuidadosos sobre incentivar uma conduta que ponha as crianças em risco de serem traficadas, em risco de entrarem neste país com 'coiotes' (traficantes de pessoas) ou que façam uma viagem extremamente perigosa sozinhas", acrescentou.