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Técnico e 3 garotos resgatados de caverna na Tailândia finalmente obtêm nacionalidade

O chefe do distrito de Khanakham, Mae Sai, entrega documento de identidade para o garoto Mongkol Boonpiam, resgatado de caverna na Tailândia - Chiang Rai Public Relations Office via AP
O chefe do distrito de Khanakham, Mae Sai, entrega documento de identidade para o garoto Mongkol Boonpiam, resgatado de caverna na Tailândia Imagem: Chiang Rai Public Relations Office via AP

Em Bancoc

08/08/2018 11h52

A Tailândia concedeu, nesta quarta-feira (8), nacionalidade a quatro dos presos em uma caverna neste país do Sudeste Asiático. Eles eram apátridas.

Os 12 menores, com idades entre 11 e 16 anos, membros da equipe de futebol "Javalis Selvagens", ficaram presos de 23 de junho a 10 de julho na caverna de Tham Luang, uma das maiores da Tailândia.

Após um resgate milagroso, no qual todos saíram vivos, eles ficaram uma semana hospitalizados para em seguida serem enviados a um templo budista. Saíram de lá no sábado passado, com as cabeças raspadas.

Durante as operações de resgate, soube-se que quatro deles --inclusive o técnico, Ekapol Chanthawon-- não tinham nacionalidade tailandesa. Isso aumentou a pressão sobre o governo para que lhes fosse concedida cidadania.

Técnico nacionalidade - Chiang Rai Public Relations Office via AP - Chiang Rai Public Relations Office via AP
Técnico e monge budista Ekapol Chanthawon também recebe sua cidadania
Imagem: Chiang Rai Public Relations Office via AP

"Hoje, todos vocês têm nacionalidade tailandesa", proclamou o chefe do distrito de Khanakham, Mae Sai, durante uma cerimônia nesta quarta, durante a qual foi entregue a documentação de identidade.

Na Tailândia, vivem cerca de 480 mil apátridas. A maioria é oriunda de tribos nômades e de outros grupos étnicos presentes em territórios próximos à fronteira, como Mianmar, Laos e o sudeste da China.

A família de um dos meninos presos na caverna é do estado de Wa, uma região autônoma de Mianmar.