Topo

Casal é preso nos EUA por sonegar US$ 3 mi em impostos de clube de maconha

Casou faturou mais de US$ 10 mi nos três primeiros anos de funcionamento do estabelecimento - Getty Images/iStockphoto
Casou faturou mais de US$ 10 mi nos três primeiros anos de funcionamento do estabelecimento Imagem: Getty Images/iStockphoto

20/02/2019 19h51

O comércio legal da maconha, um negócio em ascensão nos Estados Unidos, agora se vê envolvido numa fraude tributária: um casal do estado do Colorado está preso por sonegar mais de três milhões de dólares em impostos.

Segundo as autoridades, Andrew Parch e sua esposa, Shuntay, proprietários do "Lazy Lion", uma loja especializada na venda de cannabis, faturaram mais de 10 milhões de dólares nos três primeiros anos de funcionamento do estabelecimento, aberto em 2013.

Apesar do lucro, a dupla não declarou os rendimentos durante esse período e até exigiu uma restituição em 2014, argumentando que havia arrecado apenas 19.292 dólares, quando na verdade o faturamento girou em torno dos 3 milhões.

Parch se declarou culpado na semana passada. Já o processo contra sua esposa ainda não foi julgado, anunciou a promotoria local nesta quarta-feira.

Este caso ilustra as fraudes fiscais possíveis de serem feitas no comércio legal da maconha nos Estados Unidos, onde a droga foi liberada para uso medicinal e recreativo em muitos estados, apesar de seguir como ilegal na esfera federal.

Essa restrição implica na venda do produto apenas mediante o pagamento em dinheiro vivo, pois os comerciantes não podem aceitar cartões de crédito ou débito porque o sistema bancário se recusa a se envolver com esta indústria bilionária.

Segundo documentos judiciais, Parch e sua esposa controlavam também os fornecedores de cannabis do "Lazy Lion", onde os clientes podiam usufruir do produto no próprio local.

As autoridades determinaram o volume do negócio revisando os arquivos de vendas de um programa de computador que o casal usava para registrar todas as transações.

A sentença de Parch deve ser anunciada em maio, e pode ser de até três anos de prisão e multa de 250.000 dólares. O comerciante concordou também em pagar às autoridades fiscais mais de três milhões de dólares, segundo a promotoria.