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Para Trump, republicano que pede sua saída é um "peso pena"

19/05/2019 13h22

Washington, 19 Mai 2019 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou neste domingo como sem representatividade um legislador republicano que se tornou o primeiro membro de seu partido favorável a seu impeachment.

O deputado pelo estado de Michigan Justin Amash disse no sábado que o presidente tem apresentado um comportamento que se encaixa na figura penal de "obstrução da justiça".

"Não cabe nenhuma dúvida que alguém que não fosse presidente dos Estados Unidos poderia ser condenado tendo como base este tipo de provas", escreveu o legislador no Twitter.

"Nunca fui um fã de Justin Amash, um peso pena que se opõe a mim e a algumas de nossas grandes ideias e políticas republicanas unicamente para chamar atenção para si e gerar controvérsias", respondeu o presidente na mesma rede social neste domingo.

"Justin é um perdedor que lamentavelmente faz o jogo daqueles que são nossos oponentes!", acrescentou o chefe de Estado.

Amash acusou também o secretário de Justiça, Bill Barr, de ter "deliberadamente" induzido o público ao erro em relação ao conteúdo da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a ingerência russa na eleição presidencial americana de 2016.

"Contrariamente à descrição que fez Barr, o relatório Mueller revela que o presidente Trump adotou medidas e teve um comportamento que podem conduzir a um 'impeachment'", considerou Amash.

"Se tivesse lido realmente o distorcido relatório Mueller (...), teria visto que apesar de tudo era categórico em relação ao fato de NÃO TER HAVIDO CONCLUIO e, finalmente, NEM OBSTRUÇÃO" à justiça", respondeu Trump.

Alguns legisladores democratas, que formam a maioria da Câmara de Representantes, consideram que existem elementos no relatório do procurador especial que mostram que o presidente "obstruiu a justiça".

Entre esses legisladores estão a senadora e pré-candidata à presidência Elizabeth Warren, que é pró-impeachment.

O senador republicano Mitt Romney disse neste domingo que não compartilhava a opinião de Amash.

"Eu o respeito. Creio que suas declarações são valentes", mas "penso simplesmente que os elementos necessários para provar uma obstrução à justiça não estão reunidos", declarou à CNN.

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