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Polícia indiana mata suspeitos de estupro coletivo durante reconstituição

Protesto contra estupro coletivo na Índia; casos aumentaram no país e viraram assunto de preocupação nacional - Dibyangshu Sarkar/AFP
Protesto contra estupro coletivo na Índia; casos aumentaram no país e viraram assunto de preocupação nacional Imagem: Dibyangshu Sarkar/AFP

Em Nova Dhéli

06/12/2019 06h05

A polícia indiana anunciou hoje que matou quatro homens acusados de estupro coletivo e pela morte de uma mulher de 27 anos durante a reconstituição do crime que provocou indignação no país.

Os quatro suspeitos foram mortos quando tentavam fugir durante a reconstituição na cidade de Hyderabad (sul).

"Eles foram mortos a tiros. Tentaram roubar as armas dos guardas, mas foram mortos", disse Prakash Reddy, vice-comissário da polícia de Hyderabad.

"Chamamos uma ambulância, mas faleceram antes da chegada dos médicos".

Os quatro homens foram detidos na semana passada e acusados pelo estupro e morte de uma veterinária, que teve o corpo queimado.

De acordo com a polícia, a vítima foi sequestrada no dia 27 de novembro à noite, quando tentava ligar sua motocicleta. Os quatro homens haviam furado um pneu da moto antes e, quando a jovem apareceu, ofereceram ajuda.

A vítima ligou para a irmã e contou sobre os problemas da moto e o grupo que ofereceu ajuda, mas afirmou que estava com medo, declarou a irmã à polícia.

A irmã tentou ligar de volta, mas o telefone estava desligado.

O corpo carbonizado da vítima foi encontrado no dia seguinte debaixo de uma ponte. Os criminosos usaram gasolina e atearam fogo, de acordo com a polícia.

Apesar da rápida detenção dos quatro suspeitos, o caso provocou indignação no país, onde a violência sexual é destaque frequente nos jornais. Um estupro coletivo de uma estudante em um ônibus em Nova Délhi em 2012 provocou consternação internacional.

No sábado, a polícia dispersou centenas de manifestantes que tentavam entrar na delegacia onde os quatro estavam detidos.

No Parlamento nacional, a deputada Jaya Bachchan afirmou que os culpados deveriam ser "linchados em público".

De acordo com os últimos números oficiais, mais de 33.000 estupros foram registrados no país em 2017, com 10.000 vítimas menores de idade.