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Coronavírus: EUA defende novas restrições de viagens e prepara mais evacuações

Até o momento, os Estados Unidos têm 11 casos confirmados do novo vírus, segundo novo balanço divulgado nesta segunda - Hector Retamal/AFP
Até o momento, os Estados Unidos têm 11 casos confirmados do novo vírus, segundo novo balanço divulgado nesta segunda Imagem: Hector Retamal/AFP

03/02/2020 20h35

Washington, 3 Fev 2020 (AFP) - Autoridades sanitárias dos Estados Unidos defenderam nesta segunda-feira (3) a decisão de fechar as fronteiras aos turistas que recentemente foram à China por causa da epidemia do novo coronavírus.

Os EUA estão preparando novas evacuações de seus cidadãos que se encontram na província de Hubei.

Até o momento, os Estados Unidos têm 11 casos confirmados do novo vírus, segundo novo balanço divulgado nesta segunda.

"A situação não tem precedentes, estamos tomando as medidas necessárias", disse Nancy Messonnier, especialista responsável por doenças respiratórias nos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em resposta às acusações de Pequim contra Washington de estar criando um clima de "pânico".

"Há algumas semanas havia 41 casos na China e nesta manhã já há 17 mil. Quer dizer, 17 mil casos com o novo coronavírus, para o qual a população não tem imunidade", disse. "Temos a oportunidade de reduzir a rapidez (do contágio) antes que chegue aos EUA".

"Em situações como essa, as considerações científicas devem estar acima de todas as demais opiniões", argumentou a médica. "O Departamento de Estado (americano) evacuará mais pessoas de Wuhan", acrescentou.

Vários aviões foram selecionados para essa operação. Os CDCs enviarão especialistas neste final de semana a quatro bases militares de onde sairão as aeronaves.

Desde o último domingo, qualquer viajante não americano que tenha visitado a China há no mínimo 14 dias não poderá entrar nos Estados Unidos.

Os cidadãos americanos que tenham visitado Hubei nos últimos 14 dias também ficarão isolados por 14 dias. As restrições não se aplicam a Hong Kong ou Macau.

Dos 11 casos registrados nos EUA, a virulência dos sintomas varia muito de um paciente para outro, disse Messonnier. Alguns são "bastante moderados", enquanto outros precisaram receber assistência respiratória.