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Bolívia decreta emergência de saúde e toque de recolher por coronavírus

Líder interina da Bolívia, Jeanine Áñez - David Mercado
Líder interina da Bolívia, Jeanine Áñez Imagem: David Mercado

Em La Paz

18/03/2020 07h25

A Bolívia decretou na noite de ontem emergência sanitária e um toque de recolher de doze horas, até 31 de março, para enfrentar a pandemia do novo coronavírus, informou o ministro da Presidência, Yerko Núñez.

"O presente decreto supremo declara emergência sanitária nacional e quarentena em todo o território boliviano contra a epidemia de coronavírus", anunciou Núñez em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, "todos os habitantes da Bolívia deverão permanecer em suas residências a partir das 17H00 horas, cinco da tarde, até às cinco da manhã do dia seguinte".

O decreto foi firmado após a presidente Jeanine Áñez anunciar um conjunto de medidas visando conter a pandemia, que infectou doze bolivianos que estiveram no exterior.

O pacote determina o fechamento das fronteiras para cidadãos estrangeiros a partir de quinta-feira e, no dia seguinte, a suspensão de todos os voos internacionais.

"Em 48 horas, todas as fronteiras bolivianas serão fechadas para cidadãos estrangeiros", disse a presidente interina em comunicado à imprensa, explicando que apenas os nacionais poderão entrar, sendo submetidos a controles médicos.

Ela também especificou que "em 72 horas todos os voos internacionais serão suspensos".

Essas medidas estarão em vigor até 31 de março, quando a situação será reavaliada.

A presidente acrescentou que a partir de quinta-feira "o transporte interdepartamental e interprovincial estará suspenso", e apenas o trânsito de alimentos e outras providências necessárias serão permitidos.

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